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'Nojo deles e da situação', diz jovem que teve parte íntima tocada por homem, no Lago de Cascavel

Por G1

12/10/2021 às 14:48:33 - Atualizado há
Giovan Valiati/RPC Cascavel
Segundo a polícia, suspeito confessou ter passado a mão na bunda da vítima e foi preso por importunação sexual. Moradoras pedem mais fiscalização no local por se sentirem inseguras. Homem é preso suspeito de importunar sexualmente jovem no Lago Municipal de Cascavel

Vitória Alves da Silva, de 19 anos, foi vítima de importunação sexual, na segunda-feira (11), na pista do Lago Municipal de Cascavel, no oeste do Paraná. A estudante de direito denunciou o crime, e o suspeito foi preso.

Segundo a vítima, um homem bateu na bunda dela enquanto caminhava sozinha no local. Ele estava acompanhado do irmão, um adolescente de 15 anos.

"Eu estou com um pouco de nojo deles e da situação. Eu acho que ninguém deve passar por isso, principalmente nós, mulheres, que já sofremos bastante. Foi uma situação bem chata. Foi algo que para mim, por dentro eu não estou bem, não estou legal", disse.

De acordo com a Polícia Civil, o suspeito é surdo e, por isso, a irmã dele o acompanhou durante o depoimento. O homem confessou que passou a mão no corpo da vítima.

O adolescente que estava com ele foi apreendido pela Guarda Municipal, mas foi liberado na sequência.

Segundo o pai da vítima, Flávio Alves, a expectativa é que os envolvidos não importunem mais ninguém após esse ocorrido.

"A melhor justiça que seja feita é que eles aprendam e não voltem a fazer isso. Eu acredito que eles vão pensar duas vezes. Eu fiquei sabendo que é normal isso acontecer lá [no Lago Municipal]. Então fica o aviso, é normal, mas nem sempre todo mundo fica calado."

A Polícia Civil não informou o nome do suspeito e disse que ele está preso à disposição da Justiça. O caso é investigado.

"Denuncie, gente. Não deixe isso passar, porque a gente não pode deixar essas pessoas impunes do que fizeram, têm que responder pelo que fizeram. Isso é muito errado", destacou Vitória.

A Prefeitura de Cascavel disse que mantém equipes fazendo rondas em toda a extensão do lago e que em casos de abuso ou outra situação que infrinja a lei, a Guarda Municipal deve ser acionada.

"Quem passou primeiro e deu um tapa na minha bunda, que, inclusive, machucou e foi forte, foi o rapaz de camiseta salmão. Nisso, eu liguei para a polícia na hora. A moça me orientou a chamar um guarda, mas falou que estava enviando [uma equipe]. Eu achei o Guarda Municipal, eu estava chorando, porque é uma situação que ninguém gostaria de passar, e ele graças a Deus estava de moto e conseguiu alcançar os dois", contou Vitória.

Quem frequenta o Lago Municipal reclama da falta de segurança. São quase cinco quilômetros de pista, parte dela coberta completamente pela vegetação.

A moradora Fátima Silveira disse que só teve coragem de ir caminhar porque a filha a acompanhou.

"A gente se sente um pouco insegura, principalmente, de vir andar sozinha. Geralmente a gente vem com outras pessoas porque está complicado aqui. Se alguém te atacar, você não tem para onde correr. É complicado, o guarda não passa sempre. Aqui é um lugar onde a gente anda mais, então devia ter mais atenção aqui, teria que ser mais fiscalizados pelos guardas."

Mulher cai de bicicleta após ser assediada, no Paraná

Também no Paraná, uma mulher ficou ferida depois de cair da bicicleta ao ser importunada sexualmente. Veja as imagens no vídeo acima.

O crime de importunação sexual está previsto no código penal há três anos, e é definido como o ato libidinoso praticado contra alguém, sem autorização, para satisfazer desejo próprio ou de terceiros. A pena prevista é de um a cinco anos de prisão.

Segundo a Polícia Civil, o suspeito, que não tem advogado constituído, negou que tenha praticado o crime.

'Sensação de que mulher não tem direito ao espaço público': entenda o que é importunação sexual, veja como denunciar e leia relatos

Como denunciar?

O Paraná possui uma série de canais de denúncia para registro da violência contra mulher. Eles atendem os mais variados tipos de crimes e também oferecem acompanhamento especializado para cada situação. Confira, abaixo, a função de cada serviço e como entrar em contato.

Central de Atendimento à Mulher – 180

A Central de Atendimento à Mulher recebe denúncias de violência, orienta mulheres sobre seus direitos e faz o encaminhamento para outros serviços quando necessário. O serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.

É possível ter acesso ao atendimento por meio de uma ligação gratuita para o número 180, por meio de um e-mail para [email protected], pelo aplicativo Proteja Brasil ou no site da ouvidoria.

Patrulha Maria da Penha – 153

A Patrulha Maria da Penha protege, monitora e acompanha mulheres que receberam da Justiça as medidas protetivas de urgência. Vítima ou testemunhas de qualquer descumprimento das medidas protetivas podem acionar o serviço.

A Patrulha Maria da Penha está disponível nas seguintes cidades e por meio dos seguintes telefones:

Arapongas - 153

Araucária - 153

Cascavel - 153

Curitiba - 153

Foz do Iguaçu - 153

Londrina - 153

Maringá - 153

Ponta Grossa - 153

Sarandi - 153

São José dos Pinhais - 153

Toledo - 190

Boletins de Ocorrência Online da Polícia Civil

A Polícia Civil do Paraná permite o registro Boletins de Ocorrência on-line para crimes de lesão corporal (violência doméstica), ameaça, injúria, calúnia, difamação e contravenção cometidos contra mulher, nos termos da Lei Maria da Penha, ou seja, no ambiente doméstico e familiar.

Para registrar a denúncia online basta acessar o site. A Polícia Civil reforça que para registro do B.O por meio do link é preciso ter mais de 18 anos e o caso deve ter ocorrido dentro do Paraná.

A PCPR orienta que se o crime está acontecendo no momento ou ocorreu há pouco, a vítima deve acionar a Polícia Militar pelo telefone 190 ou comparecer presencialmente a uma Delegacia da Polícia Civil do Paraná.

Casa da Mulher Brasileira

Em Curitiba, a prefeitura oferece o serviço da Casa da Mulher Brasileira. No local, mulheres vítimas de violência encontram serviço de acolhimento e apoio psicossocial, com assistentes sociais e psicólogas.

O serviço também oferece programas voltados à autonomia econômica das mulheres e brinquedoteca. No mesmo endereço também estão localizadas a Delegacia da Mulher, a Defensoria Pública, o Juizado de Violência Doméstica e Familiar, o Ministério Público, a Patrulha Maria da Penha.

O atendimento é exclusivo para mulheres residentes de Curitiba, na Avenida Paraná, 870, no Cabral. Os telefones para contato são: (41) 3221-2701 e (41) 3221-2710.

Delegacia da Mulher

As Delegacias de Defesa da Mulher atendem mulheres vítimas de violência doméstica, familiar ou sexual. As delegacias estão presentes em vinte municípios do Paraná.

Disque Denúncia Mulher

Mulheres vítimas de violência virtual podem buscar ajuda do Disque Denúncia Mulher por meio do telefone (41) 3210-2531.

Os crimes virtuais incluem a divulgação de imagens íntimas em sites e redes sociais sem o consentimento da vítima, a ameaça de divulgação de imagens íntimas para extorsão financeira e perseguição online (stalking).

O serviço oferece orientação de como as vítimas devem proceder, onde devem buscar ajuda e oferta atendimento psicológico às mulheres vítimas destes crimes. O Disque Denúncia Mulher orienta que a vítima de crime virtual deve salvar arquivos, e-mails, capturas de tela ou qualquer outra evidência para denúncia.

Centro de Referência de Atendimento da Mulher – CRAM

O Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram) é um espaço que presta acolhimento e atendimento humanizado às mulheres em situação de violência. São oferecidos atendimento psicológico, atendimento social, orientação e encaminhamento jurídico necessários à superação da situação de violência.

Para buscar apoio basta entrar em contato por telefone ou ir presencialmente em uma das unidades.

Disque Direitos Humanos - 100

Atende situações graves de violações dos direitos humanos que acabaram de ocorrer ou que ainda estão em curso. O serviço aciona os órgãos competentes a cada situação e busca possibilitar o flagrante.

Para entrar em contato basta ligar para o número 100. O serviço funciona 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados.
Fonte: G1
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