Gisele explicou ainda que, neste ano, o primeiro grande incêndio foi no Vale da Lua. Não se sabe se o incêndio foi culposo ou doloso, mas o fogo de grande proporção queimou, aproximadamente, 36.000 hectares. A brigada montou rapidamente uma operação conjunta com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Icmbio), Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Corpo de Bombeiros e as brigadas voluntárias da Chapada, que são a Rede contra o Fogo, Brigada de São Jorge e a Brigada Voluntária Ambiental de Cavalcante (Brivac).
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Neste ano, com essa ação conjunta entre agências e brigadas, foi possível controlar as queimadas graças a toda a estrutura montada e à experiência adquirida nesses anos todos. Gisele explicou ainda que não há como saber qual ano foi o pior, se o ano de 2017 ou este ano, que ainda nem acabou. Ela pontuou que, nesse ano, eles vivem condições climáticas extremas e falou do período conhecido por “30/30/30”.
“Temperatura acima de 30°, umidade relativa do ar abaixo de 30%, vento acima de 30 nós”, detalhou.
As condições climáticas são extremas e favoráveis para a propagação dos incêndios, pois qualquer fogo se transforma em uma grande queimada em questão de minutos. Este incêndio registrado no Vale Verde foi de origem natural e, além do trabalho de inteligência e agilidade da brigada, houve uma chuva fraca para ajudar no combate que se encerrou quatro horas após o início das chamas. O Corpo de Bombeiros de Alto Paraíso estava no local, mas, pouco tempo depois, não foram mais avistados nem a viatura e nem os brigadistas.
Veja o vídeo das queimadas no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros: