Grande Curitiba Câmara aprova projeto

Câmara aprova renovação de repasses às empresas de ônibus de Curitiba; veja como cada vereador votou

Por Ivan Santos

28/09/2021 às 14:27:44 - Atualizado há
Câmara: projeto foi aprovado por 24 votos a 10 (Foto: Franklin de Freitas)

A Câmara Municipal de Curitiba aprovou hoje, em primeiro turno, por 23 votos favoráveis, 11 contrários e uma abstenção, projeto do prefeito Rafael Greca (DEM) que prevê a retomada dos repasses de recursos às empresas de ônibus da Capital através do Novo Regime Emergencial de Operação e Custeio do Transporte Coletivo, sob a justificativa de compensar a perda do número de passageiros por causa da pandemia da Covid-19. Os vereadores agora as dez emendas ao texto original da proposta. O projeto deve voltar à pauta na próxima quarta-feira, para a votação em segundo turno.


Pela manhã, o presidente da Urbs, Ogeny Maia Neto, afirmou que entre março de 2020 e junho de 2021, a prefeitura repassou R$ 286 milhões às empresas de ônibus. Segundo ele, sem o regime emergencial, o repasse seria de R$ 497 milhões.

O projeto prevê que o novo regime passará a valer até 28 de fevereiro de 2022. De acordo com a Urbs, com a renovação do sistema, a prefeitura deve repassar às empresas cerca de R$ 15 milhões a R$ 20 milhões por mês. Além disso, o Executivo também apresentou na última sexta-feira uma emenda para incluir no novo regime o pagamento às empresas para a renovação da frota, a um custo de cerca de R$ 10 milhões mensais.

A prefeitura também retirou da lei o item que impedia demissões sem justa causa de motoristas e cobradores de ônibus, alegando que se trata de uma questão trabalhista.

Vereadores de oposição e do bloco independente voltaram a criticar a votação em regime de urgência do projeto. Eles questionaram o fato da prefeitura só ter encaminhado a proposta há dez dias, quando o regime anterior expirou em junho último. "Como vamos fiscalizar se o projeto é votado em regime de urgência?", disse o vereador Professor Euler (PSD). "Essa discussão é um faz de conta. Para atender as empresas, à toque de caixa. Apresentaram emenda na noite de sexta-feira para pagar a renovação da frota", criticou o vereador Denian Couto (Pode). O presidente da Urbs alegou que não teria mandado a emenda antes porque a prefeitura estaria negociando com os bancos credores das empresas de ônibus da Capital.

"O principal ponto é a forma como está sendo colocada essa votação. Não é possível fazer uma validação do cálculo, da planilha", disse a vereadora Indiara Barbosa (Novo), lembrando que somente nessa legislatura, a Casa votou doze projetos da prefeitura em regime de urgência.


"Não existe urgência. Se o contrato terminou em junho, a prefeitura tinha a partir de julho de começar a discussão", reforçou o vereador Dalton Borba (PDT).

"Esse projeto apresenta os mesmos erros que o projeto que foi aprovado no ano passado. A Lei de Responsabilidade Fiscal não está sendo cumprida", apontou a vereadora Amália Tortato (Novo). "A lei (do ano passado) foi questionada no TCE. Itens que não continham naquela lei, também não consta desse projeto. Onde está a estimativa do impacto orçamentário-financeiro? De onde será tirado o dinheiro?", perguntou.

O líder da bancada do prefeito, vereador Pier Petruzziello (PTB) defendeu a votação em regime de urgência. "Regime de urgência é algo previsto na lei Orgânica. Não há nada de imoral. Todos os regimes de urgência foram feitos pensando no benefício à cidade", disse.

Petruzziello alegou ainda que se o projeto não for aprovada, haveria o risco de aumento da passagem de ônibus e de fim da integração do transporte entre Curitiba e região metropolitana. "A única verdade que tem aqui hoje é que esse projeto não passar, quem vai pagar a conta é a população de Curitiba", argumentou.

VEJA ABAIXO COMO VOTOU CADA VEREADOR:

Votaram a favor

  • Alexandre Leprevost (Solidariedade)
  • Beto Moraes (PSD)
  • Eder Borges (PSD)
  • Ezequias Barros (PMB)
  • Herivelto Oliveira (Cidadania)
  • Hernani (PSB)
  • João da 5 Irmãos (PSL)
  • Jornalista Márcio Barros (PSD)
  • Leonidas Dias (Solidariedade)
  • Marcelo Fachinello (PSC)
  • Mauro Bobato (Pode)
  • Mauro Ignácio (DEM)
  • Nori Seto (PP)
  • Oscalino do Povo (PP)
  • Osias Moraes (Republicanos)
  • Pastor Marcelino Alves (Republicanos)
  • Pier Petruzziello (PTB)
  • Sabino Picolo (DEM)
  • Sargento Tânia Guerreiro (PSL)
  • Serginho do Posto (DEM)
  • Sidnei Toaldo (Patriota)
  • Toninho da Farmácia (DEM)
  • Zezinho Sabará (DEM).

Votaram contra

  • Amália Tortato (Novo)
  • Dalton Borba (PDT)
  • Denian Couto (Pode)
  • Flavia Francischini (PSL)
  • Indiara Barbosa (Novo)
  • Marcos Vieira (PDT)
  • Maria Leticia (PV)
  • Noemia Rocha (MDB)
  • Professora Josete (PT)
  • Professor Euler (PSD)
  • Renato Freitas (PT).

Abstenção

  • Tito Zeglin (PDT) se absteve da votação.

Regimentalmente, Tico Kuzma (Pros), por presidir a sessão, declinou da votação. Carol Dartora (PT) e Salles do Fazendinha (DC) estavam ausentes da sessão por razões médicas.

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