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Bolsonaro joga ônus da crise para a população: "Se puder, tome banho frio"

Por Da Redação

24/09/2021 às 02:18:48 - Atualizado há

Manifestação contra aumento da conta de luz

Em meio à crise econômica, o agravamento da fome e os sucessivos aumentos nos preços de combustíveis, gás e alimentos, o governo Bolsonaro, no início de setembro, impôs um novo aumento na tarifa de energia elétrica, sob a justificativa da crise hídrica – apesar de especialistas apontarem que o governo federal já havia sido alertado sobre a escassez e possibilidade de apagões e nada fez.

Este cenário tem deixado famílias que já eram vulneráveis em situação insustentável e, pensando nisso, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) promoverá manifestações em São Paulo, na próxima semana, contra as tarifas abusivas de energia elétrica.

Serão dois atos: nas agências ENEL Distribuição São Paulo localizadas em Santo Amaro e São Miguel Paulista.

“A reivindicação organizada pelo MAB denuncia os altos preços da energia elétrica, que têm afetado principalmente a população de baixa renda. Os paulistanos têm relatado que desde julho de 2020 têm sofrido grandes aumentos nas tarifas, chegando contas de mais de R$1.000,00 para famílias de baixa renda. Só no mês citado, o Procon recebeu mais de 40 mil reclamações de usuários. No entanto, a empresa apenas tem oferecido o parcelamento do pagamento, sem explicar as causas do aumento nem realizar a devolução do dinheiro”, diz comunicado do movimento.

Com a nova bandeira tarifária implementada pelo governo federal, houve aumento de R$ 14,20 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumido, impactando o orçamento das famílias.

“Muitas das famílias comentam que, com o aumento das tarifas, têm deixado de comer para "não ficar no escuro"”, relata o MAB.

Nova bandeira tarifária

A conta de luz está mais cara desde o dia 1º de setembro. O governo reajustou a bandeira tarifária que cobrava R$ 9,49 por cada 100 kWh consumidos, passando o valor para R$ 14,20. A alta é de 49,6%.

No mês de junho a energia elétrica já havia sofrido um forte reajuste de mais de 50%, passando de R$ 6,24 por cada 100 kWh para os atuais R$ 9,49. Segundo a Aneel, o aumento que entrará em vigor a partir de amanhã (1°) elevará em média 6,78% as contas dos consumidores domésticos no país, embora o percentual varie de acordo com o local do fornecimento. Na região metropolitana de São Paulo, a Enel, concessionária responsável pela distribuição de luz, no último aumento, em junho, subiu a tarifa acima da média nacional, impondo aos paulistas que vivem na Grande São Paulo um reajuste de 11,58% na ocasião.

Inflação nas alturas

Os gastos dos brasileiros só têm aumentado durante o governo Jair Bolsonaro. Para se ter uma noção do descontrole dos preços, só em agosto, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) marcou 0,89%, o maior desde 2002, além de 9,3% no acumulado dos últimos 12 meses. Vivem em condições precárias por conta da perda de poder de compra, a população com menor renda vem deixando de comer arroz, feijão, carne, peixe e outros itens.

Os números da alta de preços são impressionantes: 12,29% nos ovos, 17,15% no café; 31,31% nas carnes, 36,89% no arroz, 78,75% no óleo de soja, 31,11% no gás de cozinha, 39,12% na gasolina, 52,77% no etanol e 20,86% na conta de luz, resultando num aumento de 33% no gasto geral dos trabalhadores.

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