Nesta terça-feira, 21, é celebrado o Dia da Árvore. Em Maringá, são 142.893 árvores em vias públicas, segundo dados da secretaria do Meio Ambiente e Bem-estar Animal (Sema), além daquelas localizadas em parques e reservas ambientais do município. Das espécies exóticas às raras, passando pelas gigantes e antigas, muito além da beleza e imponência, as árvores contam a história de uma cidade. Nesta data especial, releia reportagens do GMC Online sobre as árvores.
Antes de mais nada, que tal conhecer árvores que são símbolos de Maringá?
Cedro
Um cedro localizado na Avenida São Paulo, na Vila Bosque, é um monumento vivo de Maringá. Em 2008, o projeto de duplicação da via foi alterado para que a árvore não fosse cortada. Há, inclusive, uma lei municipal (nº 8112/2008) que torna o cedro imune de corte e determina que a Prefeitura de Maringá recolha anualmente as sementes produzidas pela referida árvore e as destine ao viveiro municipal para preservação da espécie.
“O cedro já estava lá há muito tempo e a avenida foi desviada de dois a três metros por conta disso. É uma árvore bem importante para Maringá e bastante simbólica”, destacou o engenheiro florestal da Sema, Maurício Sampaio, em setembro de 2020.
Seringueiras
Também na Avenida São Paulo, no canteiro central, próximo ao cruzamento com a Avenida Colombo, uma seringueira chama atenção pelo tamanho.
Há, ainda, outra seringueira imponente na Avenida Carlos Borges Correa, próximo ao cruzamento com a Avenida Prefeito Sincler Sambatti, o Contorno Sul de Maringá.
“As seringueiras são árvores muito grandes e imponentes, mas não são necessariamente as mais antigas da cidade”, afirmou Maurício Sampaio.
Figueira branca
Na Avenida Teixeira Mendes, no trecho entre a Avenida Carlos Borges e a Rua José do Patrocínio, figueiras brancas embelezam o canteiro central. Trata-se de uma espécie nativa de grande importância histórica, segundo o engenheiro florestal da Sema.
“Desde a época do planejamento da arborização existia a ideia de colocar uma amostra dessa espécie em algum local da cidade. Ela é praticamente um símbolo do pioneirismo, pois era uma das espécies com troncos de maior diâmetro existentes nas florestas originais da região. Essa árvore cresce bastante, é bem imponente e relativamente rara”, destaca.
Jacarandá-mimoso
Os registros apontam que as primeiras árvores plantadas em Maringá são da espécie jacarandá-mimoso. Elas começaram a ser plantadas na calçada da Avenida Duque de Caxias na década de 1950 pela Companhia Melhoramentos, cuja sede ficava na região. Algumas delas foram substituídas por sibipirunas, mas ainda há algumas unidades nas proximidades do Paço Municipal. Suas flores são lilás.
Ficus benjamina
Na calçada da Avenida Bento Munhoz da Rocha, no trecho entre as avenidas Pedro Taques e Colombo, há cerca de 50 unidades de uma espécie exótica de árvore chamada Ficus benjamina.
“São espécies exóticas que foram plantadas ali e estão em um local inadequado. O sistema radicular delas é muito agressivo. As raízes crescem sem parar e, infelizmente, futuramente terão que ser retiradas porque podem danificar edificações, inclusive tubulação de água e esgoto”, explica Maurício Sampaio.
Ipê-roxo
Um ipê-roxo localizado na Avenida Brasil, em frente a Paróquia São José, na VIl Operário, traz uma história importante com a família imperial japonesa. A árvore chamou a atenção da então princesa Michiko em 1978, durante visita à Maringá. Enquanto passava pelo local, a princesa ficou admirada com o ipê e pediu que a comitiva estacionasse para poder apreciá-la. Atualmente, existe uma placa no local em homenagem a ela.
Peroba
Dentro de Parque do Ingá, uma peroba de mais de 35 metros de altura se destaca em meio às demais. De acordo com o engenheiro florestal da Sema, a árvore tem pelo menos 100 anos. “Ela é provavelmente a árvore mais antiga do parque e pode ser que seja uma das mais antigas de Maringá. Não sabemos a idade exata, mas com certeza tem pelo menos 100 anos”, frisa.
De acordo com Sampaio, não é possível afirmar quais são as árvores mais antigas de Maringá. “Não temos controle de quando as árvores foram plantadas. Pode ser que já existiam muito tempo antes, desde a floresta original, antes dos colonizadores chegarem, e o tamanho nem sempre é indicativo da idade”, acrescenta.
Das 142.893 árvores presentes nas vias públicas, 3.665 (24%) são sibipirunas. Elas ocupam o primeiro lugar nas espécies mais comuns da cidade. “A sibipiruna é nativa da Mata Atlântica, são muito bonitas, com uma floração amarela. É a que mais tem em Maringá”, frisa Maurício Sampaio.
A segunda árvore mais comum nas ruas e avenidas de Maringá é o oiti. Atualmente, são 21.850 árvores na cidade, o que representa 15% do total. A terceira é o ipê-roxo, com 9.693 árvores (7%), instituída árvore símbolo ecológico de Maringá por lei municipal (Lei nº 7357/2006).
Leia aqui o plano de arborização.
Em maio deste ano, uma reportagem do GMC Online mostrou um bosque aberto e com centenas de eucaliptos formam um cenário diferente no meio da cidade, em Maringá. Ao passar pela rua asfaltada é possível sentir a calmaria da região, que é pouco habitada, e ouvir o som do vento na copa dos eucaliptos e dos pássaros. A "floresta" de eucaliptos de Maringá e fica no Jardim Guaporé, na região do Horto Florestal.
Nas redondezas ninguém conhece o dono do terreno que é aberto. O fotógrafo Thiago Louzada fez um vídeo do bosque usando um drone e uma câmera de alta definição. O resultado é impressionante. Veja o vídeo abaixo:
Quer saber mais sobre o bosque de eucaliptos? Leia a reportagem aqui.