PolĂ­cia

Moraes afasta delegado que investigava suposta interferência de Bolsonaro na PF

Segundo o ministro do STF, Felipe Leal tentou incluir no inquĂ©rito decisões tomadas pelo atual diretor-geral da PF, Paulo Mauirino, que não tinham relação com caso envolvendo Bolsonaro

Por Augusto Fernandes

28/08/2021 às 16:45:38 - Atualizado hĂĄ
(crédito: Nelson Jr./SCO/STF - 11/2/20)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o delegado da PolĂ­cia Federal Felipe Leal do inquérito que investiga se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente na corporação.

No ano passado, o ex-ministro da Justiça e Segurança PĂșblica Sergio Moro denunciou que o chefe do Executivo queria trocar o comando da PF e da superintendĂȘncia da corporação no Rio de Janeiro supostamente para evitar investigações da PolĂ­cia Federal contra filhos dele.

Em meio à condução do inquérito, segundo Moraes, Felipe Leal tentou incluir à investigação fatos que não estavam relacionados às denĂșncias apresentadas por Moro, como alguns atos que foram efetivados pelo atual diretor-geral da PF, Paulo Mauirino, que tomou posse em abril deste ano.

O delegado quis, por exemplo, informações sobre a exoneração do ex-superintendente da corporação no Amazonas Alexandre Saraiva, que pediu uma investigação contra o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles após enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma notĂ­cia-crime contra Salles por organização criminosa e favorecimento a madeireiros. Saraiva foi retirado da função também em abril deste ano.

Além disso, de acordo com Moraes, Felipe Leal solicitou que a Procuradoria-Geral da RepĂșblica (PGR) enviasse documentos sobre um processo que foi aberto para verificar se a AgĂȘncia Brasileira de InteligĂȘncia (Abin) e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) emitiram relatórios para orientar a defesa do senador FlĂĄvio Bolsonaro (Patriota-RJ) no caso das rachadinhas.

Segundo Moraes, "não hĂĄ qualquer pertinĂȘncia entre as novas providĂȘncias referidas e o objeto da investigação". "As providĂȘncias determinadas não estão no escopo desta investigação, pois se referem a atos que teriam sido efetivados no comando do DPF Paulo Maiurino, que assumiu a Diretoria-Geral da PolĂ­cia Federal em 6/4/2021, ou seja, após os fatos apurados no presente inquérito e sem qualquer relação com o mesmo", constatou Moraes.

Além de afastar Felipe Leal, o ministro determinou que Mauirino escolha um novo delegado para cuidar das investigações.

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