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Reunião discute disseminação da coqueluche no Paraná

Diante do aumento expressivo no número de casos de coqueluche e da confirmação de um óbito pela bactéria no Paraná, entidades públicas e privadas se reuniram para estabelecer ações conjuntas de prevenção.

Por Da Redação

02/08/2024 às 09:15:09 - Atualizado há

Diante do aumento expressivo no número de casos de coqueluche e da confirmação de um óbito pela bactéria no Paraná, entidades públicas e privadas se reuniram para estabelecer ações conjuntas de prevenção. A reunião, realizada na quinta-feira (1), foi encabeçada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e abordou diversas condutas de alerta e prevenção à doença, como a busca ativa de gestantes, puérperas, crianças e profissionais de saúde para aplicação da vacina contra a coqueluche, além de orientações sobre cuidados e investigação dos casos suspeitos e confirmados para medidas de controle e tratamento em tempo oportuno.

O secretário de Estado da Saúde, César Neves, conta que também foram discutidas orientações gerais, entre elas o controle de visitas por sintomáticos respiratórios à bebês recém-nascidos.

O risco da coqueluche é maior para crianças menores de um ano e, se não tratada corretamente, pode evoluir para o quadro grave e até mesmo levar à morte. A doença evolui em três fases. Na inicial, os primeiros sintomas são semelhantes aos de um resfriado comum, com febre baixa, mal-estar geral e coriza. Na segunda, surgem crises de tosse seca (cinco a dez tossidas em uma única inspiração), que podem ser seguidas de vômitos, falta de ar e a face em coloração roxa. Na terceira os sintomas anteriores diminuem, embora a tosse possa persistir por vários meses.

A pediatra e professora do curso de Medicina da Universidade Positivo (UP), Gislayne Souza Nieto, explica que a principal forma de proteção contra a coqueluche é a vacinação.

Em crianças a imunização começa com a vacinação da mãe, na gestação. A dose da vacina dTpa (versão acelular da vacina contra difteria, tétano e coqueluche) deve ser aplicada, preferencialmente, a partir da 20ª semana de cada gravidez, podendo ser administrada até 45 dias após o nascimento do bebê (puerpério). Ainda nas crianças, a imunização contra a coqueluche ocorre também por meio da vacina pentavalente (que previne contra a difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus influenzae B) e DTP (contra difteria, tétano e coqueluche). A primeira deve ser aplicada em três doses, aos dois, quatro e seis meses de vida.

Já a DTP deve ser administrada como reforço aos 15 meses e aos quatro anos. Os trabalhadores da saúde e da educação também fazem parte do grupo que pode e deve receber a dTpa. Desde o início do ano, Paraná registrou 102 casos da doença e um óbito – um bebê de seis meses. Os números quase 10 vezes maiores que o registrado em todo o ano passado.

Em maio deste ano, após o aumento no número de casos de coqueluche em todo Brasil, o Ministério da Saúde (MS) ampliou, de forma excepcional, a indicação da vacina dTpa para trabalhadores da saúde que atendem gestantes e crianças, e que atuam nos serviços de saúde públicos e privados, ambulatorial e hospitalar. Esse atendimento inclui as áreas de ginecologia e obstetrícia, parto e pós-parto imediato, incluindo as casas de parto, unidade de terapia intensiva (UTI) e unidades de cuidados intensivos (UCI) neonatal convencional, UCI canguru, berçários (baixo, médio e alto risco), e pediatria, além de trabalhadores que atuam como doulas.

Atualmente, no Paraná, a cobertura vacinal da pentavalente em crianças menores de um ano está em 86%, quando o preconizado pelo MS é 95%. Em gestantes e profissionais de saúde a cobertura da dTpa é de 72%.

Reportagem: Leonardo Gomes

Fonte: BandNews
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