O Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), inaugurou nesta segunda-feira (29), em Foz do Iguaçu, a biofábrica do Método Wolbachia. A iniciativa tem como objetivo combater as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue, Zika e chikungunya. A estratégia consiste na liberação de mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia, que impede a transmissão dessas doenças.
Parceria e Colaboração
A implementação da estratégia no Paraná conta com a parceria do Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto WMP (World Mosquito Program), Itaipu Binacional e a Prefeitura de Foz do Iguaçu. Nos laboratórios da nova biofábrica, com 166 metros quadrados, será desenvolvido o método que não envolve mosquitos geneticamente modificados, mas sim a introdução da bactéria Wolbachia para impedir a transmissão das doenças?.
Estratégia e Impacto
Até o final do ano, está prevista a liberação de 26.156.800 mosquitos Wolbachia em 13 bairros de Foz do Iguaçu. O método Wolbachia, desenvolvido na Austrália e utilizado no Brasil desde 2015, já mostrou eficácia significativa em projetos-piloto em Niterói, no Rio de Janeiro, onde houve uma redução de 70% nos casos de dengue, 60% de chikungunya e 40% de Zika??.
Histórico e Dados da Dengue no Paraná
Desde 2019, a Sesa sinalizou ao Ministério da Saúde a necessidade de novas tecnologias no combate à dengue no estado. Segundo o último boletim da Vigilância Ambiental da Sesa, foram contabilizados 587.701 casos confirmados de dengue e 571 mortes no Paraná, desde o início do período epidemiológico em 30 de julho de 2023??.
Inauguração e Futuras Expansões
A inauguração da biofábrica em Foz do Iguaçu contou com a presença de diversas autoridades, incluindo o prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro; o secretário municipal de Saúde, Ulisses Figueiredo; e representantes da Fiocruz e Itaipu Binacional. Londrina, no Norte do Paraná, também receberá uma biofábrica nesta terça-feira (30), seguindo o mesmo modelo implementado em Foz?.