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Cresce em 6,5% o número de mortes nas rodovias paranaenses, mostra balanço semestral da PRF

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Paraná apresentou, nesta quinta-feira (11), um balanço preocupante sobre os sinistros de trânsito no estado

Por Nosso Dia

11/07/2024 às 13:23:14 - Atualizado há
Foto: Jornal do Estado

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Paraná apresentou, nesta quinta-feira (11), um balanço preocupante sobre os sinistros de trânsito no estado. Em coletiva de imprensa, o superintendente da PRF no Paraná, Fernando César Oliveira, destacou o aumento de 6,5% no número de mortes em rodovias federais durante o primeiro semestre de 2024. "Esse aumento é alarmante e acende um alerta para a população. Estamos mantendo um patamar elevado de óbitos que já vem sendo registrado nos últimos anos. Desde 2021, a média anual de óbitos nas rodovias federais do Paraná supera os 550 por ano, e os dados parciais deste primeiro semestre indicam que podemos estar em uma situação semelhante ou até pior", afirmou Oliveira.

Segundo ele, os acidentes são, em sua maioria, evitáveis e estão diretamente ligados ao comportamento humano. "Mais de 90, 95% das ocorrências atendidas pela PRF são evitáveis, geralmente relacionadas ao excesso de velocidade, ultrapassagens mal-sucedidas e outras imprudências", disse.

Esforços na fiscalização

Para tentar reverter esse cenário, a PRF tem intensificado os esforços de fiscalização. "Estamos aumentando nossas ações especialmente em relação à velocidade excessiva e às ultrapassagens. Nossos policiais estão orientados a focar nesses tipos de infrações, pois são comportamentos que têm levado a um aumento na violência no trânsito. No entanto, é importante lembrar que não podemos estar presentes em todos os 4 mil quilômetros de rodovias federais no Paraná ao mesmo tempo", explicou o superintendente.

Investimento em tecnologia

A PRF também tem investido em tecnologia e vídeo-monitoramento para aumentar a vigilância nas rodovias. "Com as novas concessões que estão em andamento, esperamos aumentar o número de radares fixos, o que vai colaborar com nosso trabalho. No entanto, a conscientização e a educação são fundamentais. Por trás desses números estão várias centenas de tragédias familiares que envolvem a população do Paraná", destacou.

Óbitos em colisões frontais

Oliveira ressaltou ainda que a maioria dos óbitos ocorre em colisões frontais. "A colisão frontal, embora não seja o acidente mais comum, responde por um terço dos óbitos. As velocidades somadas no sentido contrário tornam esse tipo de sinistro muito letal. Portanto, nossa preocupação é coibir o excesso de velocidade e fiscalizar as ultrapassagens em locais proibidos", alertou.

Segurança das rodovias

Ele também mencionou a importância da infraestrutura para a segurança viária. "Mais da metade dos óbitos acontece em trechos de pista simples. Embora a duplicação das rodovias seja o cenário ideal, isso leva tempo. Enquanto isso, nosso trabalho se concentra em aumentar a percepção de vigilância e fiscalização, utilizando tecnologia e inteligência", afirmou.

Fiscalização de caminhões

Sobre a fiscalização de caminhões, Oliveira destacou a Operação Serra Segura, que tem foco específico em veículos pesados. "Históricamente, cerca de 30% dos caminhões abordados apresentam algum problema grave. Isso é preocupante, pois o potencial de um sinistro envolvendo um veículo pesado é muito maior", disse.

As BR-376 e BR-277 são as rodovias que mais concentram acidentes e mortes devido à sua extensão e trechos críticos como a Serra do Mar. "No entanto, o que realmente mata é a conduta inadequada dos motoristas, independente do trecho", concluiu o superintendente.

Fonte: Nosso Dia
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