Um levantamento da corretora de criptomoedas Bitget revela que as perdas no mercado de criptomoedas por operações fraudulentas jĂĄ totalizam US$ 79,1 bilhões (o equivalente a R$ 429,4 bilhões) desde o inĂcio de 2022.
Um levantamento da corretora de criptomoedas Bitget revela que as perdas no mercado de criptomoedas por operações fraudulentas jĂĄ totalizam US$ 79,1 bilhões (o equivalente a R$ 429,4 bilhões) desde o inĂcio de 2022.
De acordo com o estudo, o movimento acompanha o crescimento de 245% no nĂșmero total de fraudes relacionadas a "deepfake", tĂ©cnica que permite alterar um vĂdeo ou foto com ajuda de inteligĂȘncia artificial (IA), registrado no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo perĂodo de 2023. A informação foi dada pela jornalista Isabela Bolzani, do G1.
A presidente da corretora, Gracy Chen, afirmou, em nota, que hĂĄ uma presença cada vez maior de deepfakes no mercado cripto. "A vigilância dos utilizadores e a sua capacidade de discernir fraudes de ofertas reais ainda Ă© a linha de defesa mais eficaz contra esses crimes, atĂ© que seja implementado um quadro jurĂdico e de segurança cibernĂ©tica abrangente à escala global", diz.
Entre as perdas registradas nos trĂȘs primeiros meses deste ano, cerca de US$ 6,3 bilhões (R$ 34,2 bilhões) estão relacionadas a fraudes com uso de deepfake, quase metade do registrado em quase todo o ano de 2022, de US$ 13,8 bilhões (R$ 74,9 bilhões).
"Supondo que essa tendĂȘncia [de alta no nĂșmero de fraudes relacionadas a deepfake] persista nos próximos trimestres, ela pode levar a uma perda total anual de US$ 25,1 bilhões [cerca de R$ 136,3 bilhões] em 2024", indica o estudo.
As perdas com as fraudes, de acordo com o levantamento, devem continuar crescendo caso não haja uma "intervenção regulatória. A estimativa Ă© que, sem medidas efetivas, esse tipo de crime pode responder por 70% das perdas no mercado de criptomoedas atĂ© 2026.
Entre os crimes com uso de deepfake identificados no mercado de criptomoedas estão: roubo de identidade e falsidade ideológica, golpes e esquemas fraudulentos; manipulação de mercado; fraude em investimentos; resgate e extorsão; ataques de engenharia social (quando um criminoso usa influĂȘncia e persuasão para enganar e manipular pessoas e obter senhas de acesso); falsos anĂșncios legais ou regulatórios; captação ilĂcita de recursos; imitação em realidade virtual e metaverso, entre outros.