Tensão Política em Almirante Tamandaré: Sucessão de Gerson Colodel em Xeque

A política de Almirante Tamandaré está em ebulição com a escolha dos nomes para a sucessão do prefeito Gerson Colodel (MDB). Colodel teria escolhido seu vice, Daniel Lovato (MDB), como seu sucessor. No entanto, essa decisão está gerando descontentamento e incertezas, especialmente no grupo político do governador Ratinho Junior, que esperava ver um nome do PSD como vice na chapa majoritária.

O impasse tem suas raízes na aparente quebra de acordos entre os partidos aliados. Fontes indicam que o PSD, partido do governador Ratinho Junior, se sente traído pela escolha unilateral de Daniel Lovato, que optou por Cezar Manfron (União) como seu vice. Essa decisão ignorou os diversos nomes do PSD que estavam na disputa pela vice, incluindo Alessandro de Lara (ex-secretário de Governo), o vereador Rodrigo Pavoni ou sua mãe Dete Pavoni, o presidente municipal do partido e ex-secretário de Saúde, João Gustavo Kepes Noronha e Sandro Mendes, ligado ao grupo de Vilson Goinski (MDB).

A insatisfação dentro do PSD é palpável e ameaça a aliança construída em torno de Daniel Lovato. A família Pavoni, por exemplo, rejeita veementemente apoiar a dupla Lovato e Manfron, relembrando embates políticos passados. Alessandro de Lara enfrenta dificuldades para emplacar a dupla junto a ala evangélica, enquanto o grupo do ex-prefeito Vilson Goinski rejeita abertamente Cezar Manfron. Até mesmo os aliados mais próximos de Colodel estão desconfortáveis com a escolha.

Essa turbulência interna levanta uma questão crucial: estaria Daniel Lovato disposto a romper com o PSD e os grupos aliados de Colodel para seguir com sua candidatura? E como o governador Ratinho Junior está avaliando esse "drible" de Lovato em relação ao PSD e ao próprio grupo de Colodel?

É importante lembrar que Daniel Lovato era filiado ao PSD até novembro do ano passado, quando migrou para o MDB com a promessa de manter o PSD na majoritária. Essa promessa não cumprida está gerando grande insatisfação. Além disso, há uma forte rejeição por parte das mulheres da cidade, que classificam a chapa como bolsonarista e misógina, complicando ainda mais a disputa eleitoral.

A situação em Almirante Tamandaré é um verdadeiro barril de pólvora prestes a explodir. Será que Lovato conseguirá contornar essa crise e unir novamente o grupo político em torno de sua candidatura? Ou veremos a fragmentação de uma aliança que parecia sólida?

O cenário é polêmico e as respostas, por enquanto, são incertas.