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Governo Nunes entregou remédios vencidos em ação contra meningite em creche

No dia 29 de maio deste ano, Prefeitura de São Paulo, chefiada por Ricardo Nunes (MDB), entregou 10 unidades de um remédio vencido a famílias da creche Vó Xinha, na Jova Rural, zona norte da capital paulista.

Por Da Redação

13/06/2024 às 07:07:55 - Atualizado há

No dia 29 de maio deste ano, Prefeitura de São Paulo, chefiada por Ricardo Nunes (MDB), entregou 10 unidades de um remédio vencido a famílias da creche Vó Xinha, na Jova Rural, zona norte da capital paulista. O medicamento é utilizado na quimioprofilaxia de meningite, estratégia de prevenção de doenças infecciosas que envolve o uso de remédios para evitar a transmissão entre crianças.

A ação de quimioprofilaxia ocorreu após a morte por meningite de uma criança de cinco anos na creche, no dia 28 de maio, e foi coordenada pela Unidade de Vigilância em Saúde (Uvis) de Santana, também na zona norte. A entrega foi intermediada por trabalhadores da Unidade Básica de Saúde (UBS) da Jova Rural.

As informações estão em um relatório sobre de ocorrência entregue à Uvis pela UBS da Jova Rural, ao qual o Brasil de Fato teve acesso. O documento foi enviado no último dia 3 de junho e é assinado pela gerente da unidade de saúde.

De acordo com o relatório, o primeiro lote do remédio foi entregue às 15h30 aos responsáveis pelas crianças da mesma sala onde morreu o aluno. Porém, após conversa com a equipe da Vó Xinha, os profissionais da saúde decidiram que ação de prevenção deveria ser estendida a toda a creche.

Dessa forma, um novo lote foi enviado à unidade escolar e entregue aos pais por volta das 19h. Nessa segunda remessa, havia 11 medicamentos vencidos. Desses, dez foram entregues às famílias.

O Brasil de Fato conversou com a mãe de uma criança que recebeu o medicamento vencido. Ela pediu para não ser identificada por receio de sofrer alguma retaliação da direção da creche ou que seu filho seja prejudicado. A Vó Xinha tem 70 crianças matriculadas, sendo 24 na creche e 46 na pré-escola.

"Eu não percebi o vencimento, cheguei em casa e dei o remédio para o meu menino. De manhã, uma mãe mandou no grupo de Whatsapp a foto do remédio com a data vencida. Aí, eu fui ver o remédio que estava em casa e também estava vencido. Foi um desespero, graças a Deus não aconteceu nada com meu filho e ele está bem", finalizou a mãe.


Foto mostra o lote entregue pela Prefeitura de São Paulo. Das 20 caixas de Rifadin, 11 estão com o vencimento para abril de 2024 / Foto: Reprodução

Questionada pela reportagem, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informa que a conduta citada não condiz com as diretrizes da pasta e, por isso, abriu uma investigação rigorosa para apurar o ocorrido e tomar as providências cabíveis.

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