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Região é a maior fornecedora de produtos orgânicos do Norte do Estado

Por Fábio Galhardi Jornalista Os números comprovam o otimismo em torno da produção de Produtos Orgânicos no Norte Pioneiro.

Por Da Redação

11/06/2024 às 17:37:10 - Atualizado há

Por Fábio Galhardi

Jornalista

Os números comprovam o otimismo em torno da produção de Produtos Orgânicos no Norte Pioneiro. Segundo informou o Gerente Regional do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) – Iapar/Emater, Maurício Castro Alves, nos últimos cinco anos "nós saímos de 20 propriedades certificadas e fomos a 234 CPFS certificados. Isso é um crescimento extraordinário. Com isso, pode-se dizer que a região nossa aqui de Santo Antônio da Platina é a maior produtora de produtos orgânicos do Norte do Paraná", expressou com entusiasmo o Engenheiro Agrônomo, ao falar com a reportagem da Tribuna do Vale por ocasião da realização do Curso de Produção Orgânica, nos dias 5 e 6 de junho, promovido pela Associação Platinense de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Apla) com apoio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), em parceria com o IDR-PR – Iapar/Emater, na sede do Legislativo platinense.

Naquela ocasião Maurício fez um raio-x da realidade da produção orgânica no Norte Pioneiro, com destaque para pitaia, banana, goiaba, abacaxi, tomate, etc. Ele mencionou ainda sobre a adubação verde, palha de café e ressaltou a importância de aquecer, fazer crescer o segmento, partindo da recuperação do solo para o plantio.

Esta ascensão que vem ocorrendo de mais produtores orgânicos do Norte Pioneiro, região administrativa de Santo Antônio da Platina, da qual o IDR-PR atende 23 municípios, o Engenheiro Maurício atribui a muitos fatores e, um deles "é o próprio agricultor que adotou a ideia, está gostando, também a rentabilidade da atividade e a qualificação dos técnicos do IDR-PR. Nós treinamos este pessoal faz tempo, a gente investe muito em qualificação".

Treinamento – Ele justificou este fator apontando para os dois dias de curso na Câmara Municipal que contou com a presença do Engenheiro Agrônomo, Mestre e Doutor, Celso Katsuhiro Tomita, de Brasília (DF), renomado nacionalmente e internacionalmente quando se trata do assunto: produtos orgânicos. "Tivemos nestes dois dias com a gente uma das maiores sumidades do País, conversando com o nosso pessoal. São muitas as parcerias, também com as prefeituras, e vale destacar a Prefeitura de Santo Antônio da Platina, que investe recursos na produção orgânica. Também temos o apoio e incentivo de várias outras prefeituras e câmara de vereadores da região que não adianta destacar porque são muitos. Mas todos apoiam esta atividade. Temos duas Cooperativas na região, específicas de produtos orgânicos. Então a demanda é crescente. A atividade é rentável. O produtor está satisfeito, está sendo treinado. E a gente vai continuar nesta proposta", reforçou Maurício Alves.

Agricultura familiar – Questionado onde está a produção tão crescente dos últimos anos, ele disse que "ela está hoje cem por cento na pequena propriedade, é chamada agricultura familiar e, o carro chefe, é a Olericultura e, dentro dela, o que se destaca é o tomate".

Olericultura – Trata-se do ramo da horticultura que abrange a exploração de um grande número de espécie de plantas, habitualmente conhecidas como hortaliças e que podem ser constituídas das seguintes partes das plantas: folhas, raízes, caules e frutos. Sendo que alguns produtos da olericultura são o tomate, o repolho, a alface, o taro (inhame), o chuchu, entre muitos outros.

Mercado consumidor – O Diretor do IDR-PR, na região de Santo Antônio da Platina disse que hoje "temos atualmente oito empresas de São Paulo que vem buscar produtos e já temos goiaba com certificado orgânico, como também o maracujá, pitaia, banana, a diversificação das atividades das espécies é crescente e nós estamos investindo nisso. Então o principal mercado consumidor é o Estado de São Paulo e ainda Curitiba. E para a Merenda Escolar estamos produzindo alimentos de alta qualidade e entregando nas merendas. As crianças aqui na região começam a ter acesso à produção orgânica", apontou Maurício que tem uma equipe formada por 15 técnicos treinados e capacitados com planejamento, dedicação, estudo e qualidade para atender os agricultores de produtos orgânicos da região, conforme destacou ele.

Acompanhamento – A qualificação dos profissionais do IDR-PR é necessária, assim entende o engenheiro Maurício, até porque a demanda de atendimento é intensa. "Na produção orgânica ela tem que ser uma visita sistemática, uma vez por semana, no máximo 10 dias tem que estar presente senão você não consegue fazer com que o produtor adote o sistema. A produção orgânica exige um produtor tecnificado, requer qualidade do técnico, então é um processo que demanda dedicação e conhecimento, não é amador".

Expansão – Quanto à probabilidade de expandir o setor em período de cinco anos, o Diretor do IDR-PR na região, afirmou que "a gente não quer ter limites. A gente vai ter limitação na quantidade de técnicos, às vezes vai ter que buscar parcerias. Emater vai ter que fazer mais contratação, ter que buscar parceiros em outras instituições. O próprio Sebrae também está começando entrar na orientação então teremos que fazer isso junto às prefeituras, ao governo estadual e com os parceiros".

Ainda acrescentou ele que "nós temos no momento certificados 170 propriedades. Até o final deste ano temos mais 70 em processo de conversão. Em 2025 a estimativa nossa é de chegar a 300 produtos orgânicos em atividades.

Certificação – Maurício Alves explicou que, para que a propriedade receba o certificado orgânico "ela passa por um período de conversão. A partir do momento que o técnico visitou a propriedade, ele tem um ano aproximadamente de carência para depois receber o certificado. Neste tempo ele para de adotar as tecnologias usadas no produto convencional, tem que parar de adotar o uso de agroquímicos e fazer todas as adequações na propriedade para que ela possa receber o certificado orgânico".

Oportunidades – Questionado sobre os grandes produtores, o engenheiro Alves deixou bem claro que "eles precisam e vão conhecer este novo modelo produtivo que é rentável e viável e com sustentabilidade. Eles são parceiros e foram convidados a estarem conosco neste curso promovido pela Apla/Crea-PR e IDR-PR. Todos têm que ganhar dinheiro, todos têm seu espaço, mas nós também acreditamos muito, não é mais acreditar, já é uma realidade, que a gente vai sim mudar a realidade dos produtores de Hortifrúti (HF) da região. Aqui vai ser um polo estadual de produção de frutas e hortaliças orgânicas, tenho certeza disso, a região inteira de Santo Antônio da Platina, os 23 municípios".

Os produtores – A Engenheira Agrônoma do IDR-PR, unidade platinense, Edilene Preti Ferrari, ao falar com a Tribuna do Vale, informou que em Santo Antônio da Platina são cinco produtores com suas propriedades já certificadas, 2 localizadas no bairro rural do Ribeirão Bonito, 1 no Povoado da Platina e 2 no Distrito de Monte Real. "Todas elas já podem vender como orgânicos". E acrescentou: "E são 12 propriedades que estão em processo de certificação, algumas já concluíram o período de conversão – que é um tempo exigido em que o produtor já adequa a propriedade à produção orgânica, faz todo o manejo orgânico, mas é um período que tem que ser cumprido para a certificação, então algumas dessas, em torno de três, já cumpriram o tempo de conversão e só estão aguardando a visita do auditor para poder certificar". O entusiasmo desta profissional também se justifica com um gráfico que ela apresentou onde consta que em 2008 eram três produtores certificados e, em 2023 subiu para 234.

Auditor – A engenheira Edilene Ferrari esclareceu que "o auditor vem de alguma Certificadora, no caso nosso estamos trabalhando com a Certificadora do Tecpar, que é via Programa Paraná Mais Orgânico que é o programa de certificação gratuito do Estado. Então é o Tecpar que faz as auditorias aqui no município de Santo Antônio da Platina, com estes produtores mencionados. Um dos produtores platinense também é certificado via IBD, que é outra certificadora. Dentro da região administrativa do IDR-PR de Santo Antônio nós temos atuando hoje o Tecpar, QIMA IBD Certificações e Gênesis Certificações".

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