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Mudanças climáticas podem impactar a produção global de alimentos

As mudanças climáticas representam um risco para a produção global de alimentos, seja por eventos extremos, como secas e inundações, seja pelo aumento da temperatura, que pode inviabilizar o desenvolvimento de grãos em determinadas áreas, obrigando culturas a mudarem de lugar e o desenvolvimento de cultivares mais resistentes.

Por Jovem Pan

06/06/2024 às 11:11:50 - Atualizado há

As mudanças climáticas representam um risco para a produção global de alimentos, seja por eventos extremos, como secas e inundações, seja pelo aumento da temperatura, que pode inviabilizar o desenvolvimento de grãos em determinadas áreas, obrigando culturas a mudarem de lugar e o desenvolvimento de cultivares mais resistentes. O recente desastre ambiental no Rio Grande do Sul mostra que o clima extremo além de provocar perdas humanas e materiais, tem impactos em toda a economia. As perdas agrícolas no Estado já somam R$ 2,7 bilhões, segundo a Confederação Nacional dos Municípios, e devem levar a uma queda de 0,2 a 0,3 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2024.

Um estudo da PwC dá uma dimensão dos riscos climáticos a que estão sujeitos três dos grãos mais consumidos no mundo, arroz, milho e trigo, que respondem por 42% dos alimentos consumidos pela população. Segundo o relatório "Riscos climáticos para nove commodities principais", 90% da produção mundial de arroz poderá enfrentar um estresse térmico significativo até 2050 - hoje, esse risco já atinge 75% da cultura em todo o mundo. Além disso, mais de 30% do milho e 50% do trigo poderão enfrentar riscos significativos de seca até 2050. Hoje só 1% da cultura foi afetada por secas extremas, segundo a PwC.

O estudo baseou-se em dois cenários do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU: um de baixas emissões para 2050, no qual são tomadas medidas efetivas para que o aumento da temperatura média global se mantenha abaixo dos 2 °C; e outro de altas emissões, resultando num aumento da temperatura de 4,4 °C até 2100. Mesmo na modelagem mais otimista, tanto produtores quanto consumidores das matérias-primas devem se preparar para riscos de colapso, sugere o levantamento.

O panorama preocupa porque a demanda por esses alimentos não vai parar de crescer. Projeções da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) sugerem que a demanda global por trigo e arroz aumentará 11%, e por milho, 12% entre 2023 e 2032. "Será preciso aumentar a resiliência dos setores econômicos prevendo-se os riscos que já estão colocados. Isso precisa entrar na contabilidade dos produtores, no planejamento das empresas", afirma Patricia Seoane, sócia da PwC Brasil.

Publicado por Patrícia Costa

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Fonte: Jovem Pan
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