O gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, disse à CPI que governo brasileiro recebeu 6 propostas para comprar vacinas da Pfizer contra a covid-19 até fechar contrato com a farmacêutica.
O acordo foi firmado em março, para a compra de 100 milhões de doses. Em maio, o Brasil fechou novo contrato, para outras 100 milhões de doses.
O vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), declarou em 4 de junho que a investigação da comissão apontou que pelo menos "53 e-mails da Pfizer que ficaram sem resposta" por parte do governo federal.
Segundo o congressista, o último, datado de 2 de dezembro de 2020, é "um e-mail desesperador da Pfizer pedindo algum tipo de informação porque eles queriam fornecer vacinas ao Brasil".
O Fantástico ainda teve acesso a um documento que mostra que, em julho, o governo federal foi informado pela aliança responsável pela Covax Facility, consórcio internacional para aquisição de imunizantes, que seria ressarcido se desistisse da compra de doses.
O país tinha opção de solicitar doses suficientes para imunizar de 10% a 50% da população. O Planalto preferiu ficar com os 10%.