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Câncer de pulmão: novo medicamento impede progressão em 60% dos pacientes

Um comprimido diário de lorlatinibe impediu a progressão do câncer de pulmão em seis entre dez pacientes durante cinco anos, segundo um estudo apresentado na conferência da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Chicago, nos Estados Unidos.

Por Da Redação

03/06/2024 às 06:39:55 - Atualizado há

Um comprimido diário de lorlatinibe impediu a progressão do câncer de pulmão em seis entre dez pacientes durante cinco anos, segundo um estudo apresentado na conferência da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Chicago, nos Estados Unidos.

O resultado foi considerado "extraordinário" pelos pesquisadores do Peter MacCallum Cancer Center, em Melbourne, na Austrália. Participaram 296 pessoas diagnosticadas com câncer de pulmão de não pequenas células, causada pela mutação do gene ALK. Essa é uma forma agressiva da doença que muitas vezes se espalha para o cérebro. Um quarto dos pacientes já tinha visto o câncer se espalhar para o cérebro.

O lorlatinibe, da Pfizer, liga-se à proteína ALK presente na superfície das células, o que bloqueia o crescimento de tumores e consegue interromper o desenvolvimento do câncer. Os resultados mostraram que após cinco anos, 60% dos pacientes que receberam o novo tratamento sobreviveram sem progressão da condição, em comparação com os 8% que receberam o crizotinibe, tratamento padrão. Segundo os pesquisadores, isso equivale a uma redução contínua de 81% no risco de progressão ou morte.

Peter MacCallum Cancer Centre, na Austrália: um dos lugares mais modernos de tratamento e pesquisa sobre câncer de pulmão do mundo

Peter MacCallum Cancer Centre, na Austrália: um dos lugares mais modernos de tratamento e pesquisa sobre câncer de pulmão do mundo (Foto: reprodução)

Câncer de pulmão: resultado é considerado inédito

Os pacientes foram submetidos a exames cerebrais a cada oito semanas, e isso mostrou que o lorlatinibe evitou que o câncer se espalhasse para o cérebro e impediu o crescimento de qualquer tumor cerebral existente. O resultado foi considerado inédito pelos cientistas.

A equipe explicou que ainda não é possível ter os números exatos de anos de vida ganhos pelos pacientes.

"Esta é a sobrevida livre de progressão mais longa já relatada no câncer de pulmão de células não pequenas ALK+ e, de fato, até o momento, em qualquer terapia direcionada para câncer de pulmão", afirmou o autor principal, Benjamin Solomon, em comunicado.

 

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Fonte: ICL Notícias
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