PolĂ­tica Abin

PF encontra provas de que Abin abastecia gabinete do ódio e Allan dos Santos

A PF (PolĂ­cia Federal) localizou provas de que um grupo de delegados e policiais federais que foi cedido para a AgĂȘncia Brasileira de InteligĂȘncia e atuava com o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), quando ele era diretor-geral da Abin, abastecia o "gabinete do ódio", os ex-assessores especiais da PresidĂȘncia da RepĂșblica que atuavam com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Por ICL Notícias

29/05/2024 às 12:57:44 - Atualizado hĂĄ

A PF (PolĂ­cia Federal) localizou provas de que um grupo de delegados e policiais federais que foi cedido para a AgĂȘncia Brasileira de InteligĂȘncia e atuava com o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), quando ele era diretor-geral da Abin, abastecia o "gabinete do ódio", os ex-assessores especiais da PresidĂȘncia da RepĂșblica que atuavam com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

AlĂ©m disso, os investigadores tambĂ©m mapearam que a mesma situação se dava em relação ao blogueiro bolsonarista Allan dos Santos.

As informações coletadas, em diversas situações de modo ilegal e injustificado, eram repassadas para alimentar narrativas e ataques em redes sociais.

As provas obtidas pela PolĂ­cia Federal são documentos obtidos nas operações de busca e apreensão efetuadas desde outubro do ano passado e tambĂ©m mensagens obtidas em celulares e nuvens.

Em janeiro, tanto Ramagem como o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) foram de busca e apreensão. Na ocasião, computadores e celulares dos dois foram apreendidos, alĂ©m dos dispositivos de TĂ©rcio Arnaud Thomaz, ex-integrante do chamado "gabinete do ódio".

"Abin paralela"

A coluna apurou ainda que a PolĂ­cia Federal descobriu que Allan dos Santos era abastecido, sobretudo, pelo delegado federal Marcelo Bormevet. Ele possui uma sĂ©rie de posts pĂșblicos defendendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e era considerado um dos homens de confiança de Ramagem.

Bormevet estĂĄ afastado da PF por decisão do ministro Alexandre de Moraes na Operação Vigilância Aproximada, em janeiro, junto com outros cinco policiais federais.

A coluna apurou que, após a saĂ­da de Ramagem da direção da Abin para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, em março de 2022, os antigos "homens de confiança" dele passaram a não trabalhar mais na Abin e a agĂȘncia não possui registros da atuação desses policiais ao longo de meses no ano em que se disputou a eleição presidencial. Bormevet Ă© um deles.

Segundo fontes próximas ao caso, as sindicâncias estão adiantadas e eles correm risco de demissão.

Allan dos Santos estĂĄ nos EUA e Ă© considerado foragido do JudiciĂĄrio brasileiro. Ele possui um pedido de prisão preventiva, de outubro de 2021, e estĂĄ hĂĄ mais de dois anos sem desfecho. No inquĂ©rito de fake news, ele foi acusado pelos crimes de calĂșnia, injĂșria e difamação.

O governo dos Estados Unidos comunicou o Brasil que não poderĂĄ extraditar o blogueiro.

Os americanos disseram, contudo, que estão dispostos a dar prosseguimento ao processo contra Allan em relação a outros crimes, mas o caso estĂĄ estacionado no gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

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