Nossa Mulher Positiva é Jen Medeiros, fundadora da comuh, empresa precursora em oferecer serviços outsourcing de CaaS (Community as a Service).
Nossa Mulher Positiva é Jen Medeiros, fundadora da comuh, empresa precursora em oferecer serviços outsourcing de CaaS (Community as a Service). Jen conta como enxergou uma oportunidade estratégica para criar, moderar e gerir comunidades de marca na era do As a Service.
1. Como começou a sua carreira? Minha carreira começou cedo! Mais precisamente aos 14 anos como assistente em uma clínica de fisioterapia, afinal era meu sonho seguir essa profissão. Porém, descobri que o curso era integral e eu não conseguiria trabalhar para me sustentar e acabei indo para área administrativa, mas também não me encontrei 100%. Foi quando conheci o curso de Gestão da Informação na UFU, um curso que mesclava Administração, Tecnologia e Estatística, que acabei explorando cargos que eu gostaria de trilhar. Passei por consultorias, bancos e empresas de software, mas eu conheci e me apaixonei pelo mercado de comunidades quando empreendi uma startup durante a faculdade. Fiz um programa de aceleração de startups e vivi intensamente a comunidade criada ali. Depois de entender o poder dessas conexões, comecei a liderar ações em prol da comunidade local de startups de Uberlândia (momento ótimo para o mercado mas com poucos profissionais nacionais para troca, busquei referências gringas) e após alguns anos suando a camisa, defini um objetivo para entender e aprender como essas comunidades conseguem apoiar os founders da ideação ao exit. Foi esse o propósito que guiou boa parte da minha carreira, pois passei por empresas e instituições que me possibilitaram ter o entendimento profundo da entrega de valor ao founder durante toda sua jornada e que me tornou uma especialista em comunidades de startups. Nesse período novos Community Managers foram surgindo e as trocas sobre melhores práticas começaram a se tornar mais frequentes entre esses profissionais pioneiros no país. Com as empresas buscando mais profissionais e nós sendo tão "poucos", sentia que precisava pregar mais a palavra, oxigenar o mercado de CMs e por isso no meio do caminho, criamos comunidades de conteúdo e cursos com parceiros que já formaram mais de 200 alunos para moderar e gerir comunidades, o que me possibilitou ver mais de perto alguns desafios desses alunos e dos colegas de profissão. Em paralelo, na minha última experiência profissional tive a oportunidade e autonomia de criar a área de comunidade como um centro de excelência e consegui testar vários frameworks e teorias do mercado e gerir um time dedicado de seis pessoas. Esse resumo de quatro parágrafos conta dez anos de trajetória, que me deram de uma forma ou de outra autoridade no tema, unindo além da prática, minhas formações, cursos e prêmios que fiz pelo caminho. Em 2022 optamos em deixar os holofotes de lado para empreender. O foco era gerar nota fiscal de fato, validar hipóteses, produtos e serviços com uma visão holística de processos, experiência de anos e muita estratégia de comunidades de marca. Com o CaaS (Community as a Service) o objetivo era ajudar marcas e empresas a criarem novas comunidades e reestruturar as já existentes, com objetivo de alinhar o seu Business Value à estratégia de comunidades e assim gerar valor e outros benefícios tangíveis para seus clientes e sua organização. A comuh foi idealizada para oferecer um conjunto de produtos e serviços que contempla toda a jornada das frustrações do mercado como:
Eu estou construindo o negócio que sempre quis gerir, criando os produtos que eu gostaria de usar e fazendo o trabalho que gostaria de ver pronto.
2. Como é formatado o modelo de negócios da Comuh? A comuh é precursora em CaaS (Community as a Service), criando e gerindo comunidades para marcas. Nossa abordagem única e baseada em dados potencializa a retenção, fidelização e geração de leads qualificados. Reduzimos riscos e custos, através de equipes especializadas do nosso ecossistema, assegurando uma gestão e resultados eficazes. Na era do As a Service, enxergamos uma oportunidade estratégica para criar, moderar e gerir comunidades de marca, sendo uma opção funcional para impulsionar negócios, diminuindo riscos e agilizando a implantação. Isso aumenta a vantagem competitiva, estimula a antecipação das necessidades dos clientes e explora possibilidades de reinventar produtos e serviços. Nosso modelo de negócio As Service, possui recorrência mensal fixa (6, 12 ou 24 meses) e a precificação é um conjunto de três variáveis: horas semanais de moderação, quantidade de membros e formato (online, offline ou híbrida).
3. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira? Com 22 anos de carreira é difícil pensar em um momento mais difícil. Trabalhando com comunidades há mais de dez anos, o maior desafio era sempre reportar para líderes que não entendiam a estratégia e me davam pouca autonomia, ainda mais em um ambiente com pouca representatividade feminina. A resiliência dessa trajetória me trouxe para o maior desafio da minha carreira, que é escalar um negócio que não tem demanda clara dos clientes, e para fazer isso preciso educar o mercado e nos posicionar como autoridade.
4. Como você consegue equilibrar sua vida pessoal x vida corporativa/empreendedora? Eu não consigo (alguém consegue?), rs. Confesso que no primeiro ano eu fiquei doente, vi pouco minha família, abri mão de momentos de lazer. Mas foi necessário ajuda de especialistas para me fazer presente e lembrar que eu preciso estar bem, para que a empresa também esteja. Eu ouvi uma vez que temos 5 pilares para cuidar, a vida pessoal (amigos, individualidade e família), vida profissional, vida amorosa, saúde e espiritualidade, e que raramente conseguimos ter mais de 3 indo bem ao mesmo tempo. Isso ficou marcado e sempre acreditei nisso e até usava de desculpa para quando não conseguia lidar com tudo ao mesmo tempo. Hoje tenho buscado hacks para não deixar nada de lado e tentar equilibrar ao máximo todos os papéis. Tudo que eu preciso fazer tenho lidado como se fosse um compromisso de trabalho. Esporte, médicos, terapia, refeições, está tudo na minha agenda. Construindo essa relação de "compromisso" com outras atividades que não são do trabalho, mas são fundamentais para mim, eu estou criando o hábito de me atentar aos sinais e não deixar que nada colapse.
5. Qual seu maior sonho? Meu sonho é ver a comuh como referência global em CaaS e como principal hub de comunidades, estabelecendo padrões de excelência através do nosso ecossistema de produtos, serviços, clientes, alunos e parceiros. Ter muita saúde física e emocional no caminho para lidar com todos os desafios que virão para quem sabe um dia ter minha vinícola no Sul da itália.
6. Qual sua maior conquista? Superar cada desafio da minha trajetória foi uma conquista. Sair cedo de casa, mudar de cidade sozinha, receber convites para trabalhar, mudar a vida de vários membros de comunidades que geriâ¦é cada saída do poço que me deixa mais forte e criativa para uma nova conquista. Acordar todo dia para empreender um negócio que afeta a vida de tantas pessoas que estão comigo neste desafio deve ser minha maior conquista profissional, e ter saúde e bandeiras para poder acompanhar a vida das minhas sobrinhas, meus irmãos e minha família, sem surtar, a minha maior conquista pessoal.
7. Livro, filme e mulher que admira. Difícil citar um de cada! Mas vamos lá! Pensando no momento empreendedora e comuh, o livro é O lado difícil das situações difíceis, que fala do desafio de construir um negócio quando não existem respostas prontas. É do Ben Horowitz e se tornou meu livro de cabeceira, rs. Filme é o Interestelar, que me faz sempre refletir sobre a vida como um todo, e mulher que admiro (são infinitas), mas vou citar Cristina Junqueira, founder do Nubank. Nubank é um exemplo de empresa que usa a comunidade como centro de excelência, desde o lançamento até a criação de produtos e serviços, e ela é a líder por trás disso, além dos milhões de reconhecimentos durante toda a trajetória dela.