"Nunca pensei em machucá-la", diz suspeito de sequestro em PG

O depoimento do homem suspeito de tentar sequestrar uma médica em Ponta Grossa, crime ocorrido na última quinta-feira (11) em uma rua da região central da cidade, mostra detalhes que ainda eram desconhecidos sobre o crime. O vídeo obtido com exclusividade pelo Portal aRede mostra que, durante a conversa com o delegado Romeu de Melo Ferreira, o suspeito revelou possuir uma suposta dívida no valor de R$ 3 milhões e que estava sendo constantemente ameaçado para quitar os débitos; além disso, o homem deixou um recado para a família da vítima, que inclusive seria cliente do suspeito - que trabalhava em uma seguradora.

"Gostaria de falar para a vítima que não foi sequestro, eu só agarrei ela porque me espantei com uns rapazes que estavam me ameaçando. Ela gritou e eu dei um choque de taser nela, do qual eu me arrependo também, mas não teve arma de fogo e eu nunca pensei em machucá-la", disse o suspeito, que pediu desculpas a médica e se mostrou arrependido da ação que ocorrem em plena luz do dia e acendeu um alerta nas autoridades de segurança de Ponta Grossa. Confira no player acima o trecho em que o homem revela detalhes sobre a dívida e a ação contra a vítima.

Em outros trechos do depoimento, o homem reforça que só queria 'conversar' com a vítima e chegou a pedir à Polícia para conversar com o pai da médica para dar a sua versão dos fatos. Questionado sobre os itens apreendidos com o suspeito, entre eles vários "enforca gatos", o mesmo relatou que não seriam utilizados na vítima, mas, sim, para uma obra em casa e para prender seus cachorros (clique aqui e veja o depoimento na íntegra).

POLÍCIA – O processo segue tramitando na 1ª Vara Criminal de Ponta Grossa e a Polícia Civil continua as investigações, para identificar os motivos da suposta tentativa de sequestro e penalizar os responsáveis pela situação. O suspeito segue preso e o processo também foi encaminhado ao Ministério Público do Paraná (MP/PR). Por fim, no 'Termo de Audiência de Custódia' expedido em 12 de abril de 2024, o qual o Portal aRede teve acesso, o juiz Luiz Carlos Fortes Bittencourt também autorizou que os objetos apreendidos sejam compartilhados com a Agência de Inteligência da Polícia Civil do Paraná (AIPC), com o intuito de auxiliar nas investigações.