Mudança no local da praça e uso do ISS são sugeridos para 'salvar' moradores da RMC do pedágio

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A audiência pública "Direito à Mobilidade: Pedágio no Município da Lapa", que aconteceu na manhã desta terça-feira (16) na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), trouxe propostas para buscar a isenção do pedágio as cerca de seis mil famílias de comunidades da Lapa, que estão separadas da cidade pela Praça da Via Araucária. Entre elas, está a mudança do local da praça do pedágio, uma tarifa social para os moradores (saiba mais clicando aqui) e até o uso do ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) arrecadado pela Prefeitura.

Um dos organizadores do evento, o deputado Arilson Chiorato (PT) destacou que ficou clara a necessidade de uma solução para o problema. "Nós ouvimos as pessoas e recebemos situações em que um pão custa R$ 60 com o pedágio e combustível ou em que um remédio é mais barato que a locomoção até a farmácia. Há ainda pessoas que tem o trabalho negado pelo pedágio. Temos que procurar ajudar estas pessoas e depois achar os culpados. Não dá para permitir uma situação dessa por uma decisão em que as pessoas não foram consultadas. Não dando certo, você vai a esfera judicial", destacou.

O deputado ainda salientou quais os próximos passos após este primeiro encontro. "Vamos nos reunir e encaminhar uma solução. Houve propostas; como mudar a praça do pedágio e uso do ISS. São boas medidas, mas a gente precisa de rapidez, não pode acabar na Justiça por décadas. Agora é sentar com ANTT e governo estadual para buscar uma medida", disse.

Sobre o uso do ISS, proposta apresentada pela concessionária Via Araucária, o prefeito da Lapa, que participou do encontro, destacou que essa medida é inviável pois prejudicaria o município. "Pagamento pelo ISS é inviável ,porque você abriria mão de um valor que seria investido na Lapa. Eu propus a mudança da praça para a divisa com Contenda, o que acabaria com todos os problemas, porque não teria ninguém isolado. Outra proposta é o cadastro dos moradores para que a gente possa fazer a dimensão de quem é atingido e a tarifa social", explicou.

Um dos seis mil moradores da comunidade Marietal, Josias Camargo Junior, destacou que a reunião foi muito importante para que se alcance uma solução sobre o tema. "A reunião demonstra o compromisso da Alep com a Lapa e foi importante para debater e apresentar sugestões. Esperamos que o que foi apresentado seja efetivamente analisado pela concessionária e que, entre as propostas, pelo menos uma delas seja concretizada. Eu acredito que o mais viável é que a concessionária cumpra as liminares da Justiça da Lapa pela isenção e depois busque os direitos junto ao Governo Federal", afirmou.

Por fim, sobre a reunião, o diretor-presidente da Via Araucária, Sérgio Santillán, afirmou que a empresa irá avaliar cuidadosamente as propostas apresentadas. "A concessionária reafirma seu compromisso com a transparência e o diálogo construtivo. Estamos comprometidos em acolher as demandas da comunidade de Lapa, além das sugestões de deputados do estado do Paraná e avaliar cuidadosamente todas as propostas apresentadas. Após essa avaliação, buscaremos alinhar as soluções com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e fornecer respostas claras e concretas à comunidade", pontuou.