Política

Fórum Permanente de Afrodescendentes - A ONU pela inclusão

Sempre foi equivocada a interpretação da sociedade sobre a participação da população afrodescendentes em espaços de poder de decisão em nível internacional.

Por Da Redação

12/04/2024 às 21:20:45 - Atualizado há

Sempre foi equivocada a interpretação da sociedade sobre a participação da população afrodescendentes em espaços de poder de decisão em nível internacional.

Desde a Conferência de Durban em 2001 e antes também, que personalidades e agentes negros dos diversos setores da sociedade, vem agindo politicamente e intelectualmente sobre seus papéis políticos e sociais sobre as questões que afetam a população negra em África e nos países da Diáspora africana.

Muitos avanços mundiais só foram possíveis em decorrência das atuações dos agentes de organizações de direitos humanos e da sociedade civil, tencionando e pressionando governos e instituições para agirem em consonância com os tratados internacionais sobre Direitos Humanos.

O resultado deste trabalho de mulheres e homens negros, fez com que diversas ações e políticas reparatórias fossem tomadas em prol da população negra em todo o mundo, muito ainda há de ser feito, é verdade, mas passos foram dados.

O Fórum Permanente das Pessoas Afrodescendentes é o resultado destas investidas em busca de efetivação de direitos fundamentais ao povo negro.

No próximo dia 16 até o dia 19 de abril de 2024, se fará realizar em Genebra na Suiça, a terceira seção do Fórum.

O Fórum foi estabelecido pela Assembleia Geral da ONU em 2021, onde pretende contribuir para a implementação da inclusão política, econômica e social da população afrodescendente em todo o mundo, além de identificar e analisar boas práticas, desafios, oportunidades e iniciativas para a promoção dos direitos humanos das pessoas afrodescendentes.

Umas organizações que vem contribuindo nesta agenda por direitos fundamentais, e agindo em parceria com outras organizações na Latino América se chama Race equality (Raça e igualdade), uma organização internacional não governamental de defesa e proteção dos direitos humanos, que trabalha com parceiros, parceiras e ativistas locais da América Latina na promoção e proteção do direitos humanos de populações marginalizadas.

Durante três dias sociedade civil e governos irão se debruçar sobre agendas importantes de enfrentamento aos racismos e as vulnerabilizações que as populações negras sofrem e são afetadas em função de estruturas e culturas fundidas na inferiorização e negação de direitos da população afrodescendente.

Diversos coletivos irão se fazer presente neste encontro internacional, movimentos negros e negras, ambientalistas, intelectuais, lideranças religiosas de matriz africana, movimento de mulheres negras, movimento LGBTQIA+P, Movimento quilombola, povos originários de África, políticos e governos.

Será um momento em que mais uma vez iremos poder discutir e reatar os nossos laços por um sociedade de bem viver, sem discriminações, preconceitos e racismos em nosso cotidiano. Um momento em que de novo iremos dizer que nossas vidas continuam nos importando.

Estarei lá, cumprindo com meu dever de cidadão negro, Babalorixá do Ile Axé Omiojuaro na Baixada Fluminense no Município de Nova Iguaçu no Estado do Rio de Janeiro, território este negligenciado pelo Estado Brasileiro no que se refere a ter direitos básicos e fundamentais.

Estamos no marco da Década Internacional dos Afrodescendentes (2014/2024), precisamos seguir nesta jornada propositiva por reafirmação de direitos e reparações aos povos afrodescendentes. E se for necessário propomos mais uma década, pois não será com uma única década que repararemos o mal cometido aos povos negros no mundo.

Lutaremos e reivindicaremos eternamente por um mundo de fato de direitos humanos, de direitos a todos/as/es indistintamente!

 

Fonte: ICL Notícias
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