PolĂ­tica Garimpo ilegal

Internet de Musk veio ao Brasil com irregularidades e foi usada por garimpeiros na Amazônia

Por ICL Notícias

09/04/2024 às 11:47:53 - Atualizado hĂĄ

As investidas de Elon Musk contra o Supremo Tribunal Federal (STF) nos Ășltimos dias reacenderam publicamente uma velha relação do empresĂĄrio com a extrema direita brasileira. O governo de Jair Bolsonaro (PL) se aproximou do bilionĂĄrio e facilitou a chegada ao mercado brasileiro da Starlink, empresa de Musk que oferece internet via satélite. A conexão oferecida pela empresa é oferecida a garimpeiros ilegais, como mostrou o Brasil de Fato.

A reportagem apurou que os mesmos perfis de WhatsApp que revendem a internet da Starlink anunciavam, em 2023, a compra de ouro e cassiterita extraĂ­dos ilegalmente da Terra IndĂ­gena Yanomami, em Roraima. Os envolvidos fazem parte, portanto, da cadeia ilegal de comercialização de minérios.

A entrada da Starlink no mercado brasileiro foi marcada por irregularidades. A empresa chegou ao paĂ­s com a promessa de fornecer internet para 19 mil escolas em ĂĄreas remotas do Brasil, como a Amazônia, o que não foi cumprido.

Em 2022, o Brasil de Fato revelou que o governo de Jair Bolsonaro (PL) interferiu na AgĂȘncia Nacional de Telecomunicações (Anatel) pela autorização da operação, em território brasileiro, dos satélites da empresa.

A aprovação foi concedida pela Anatel em 28 de janeiro de 2022, inĂ­cio do Ășltimo ano de governo Bolsonaro. Meses mais tarde, em audiĂȘncia na Câmara dos Deputados, o então ministro das Comunicações FĂĄbio Faria admitiu ter atuado para acelerar a autorização da AgĂȘncia. Ele afirmou, porém, que não atuou apenas em favor da empresa de Musk, mas também fez lobby por outras companhias do setor.

Em outro capĂ­tulo das relações entre Musk e o governo Bolsonaro, o ex-secretĂĄrio do Ministério das Comunicações que admitiu ter feito contato com a Anatel foi alçado ao posto de integrante do Conselho Diretor da agĂȘncia reguladora em abril de 2022.

Na época da implementação no paĂ­s, o modelo comercial da Starlink desrespeitava normas da Anatel e o Código de Defesa do Consumidor. A empresa não informava aos clientes o endereço ou a razão social da empresa, o que fere as regras da AgĂȘncia. A informação foi publicada em setembro de 2022 pela Folha de S. Paulo.

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