Geral Toledo

A paixão de Jesus revela o imenso amor de Deus pela humanidade

A liturgia do Domingo de Ramos, também chamado Domingo da Paixão, ilumina o nosso caminho quaresmal através da proclamação de dois evangelhos, ambos de São Marcos.

Por Da Redação

24/03/2024 às 20:15:37 - Atualizado há

A liturgia do Domingo de Ramos, também chamado Domingo da Paixão, ilumina o nosso caminho quaresmal através da proclamação de dois evangelhos, ambos de São Marcos. No mesmo dia somos convidados a reviver a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e acompanhar os últimos momentos de sua vida. Com esta celebração entramos na grande semana que dá sentido à nossa fé, a Semana Santa.

Na primeira parte participamos da procissão dos ramos. São Marcos narra a recepção alegre e festiva que o povo de Jerusalém dá ao Messias-Salvador. No homem sentado em um jumentinho, a multidão reconhece o Rei Messias e proclama: "Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor. Bendito seja o reino que vem".

Depois vamos acompanhar a longa leitura da Paixão que relata que os gritos de alegria dos peregrinos se transformam em gritos de ódio: "Crucifica-o" (15, 13). Não há aqui uma contradição, mas o coração do mistério. O mistério que se quer proclamar é este: Jesus se entregou voluntariamente à Paixão; não se sentiu esmagado por forças maiores do que ele: "Ninguém tira a minha vida, eu a dou livremente" (Jo 10, 18). Foi o próprio Jesus que, acolhendo a vontade do Pai, compreendeu que havia chegado a sua hora e, obedientemente, cumpriu o seu papel de Filho e, com infinito amor, aceitou o destino que lhe era reservado: morrer na cruz para salvar a humanidade.

São Marcos nos convida a seguir o Senhor, não somente na acolhida triunfal na entrada da cidade, mas, acima de tudo, no Gólgota, até a cruz. É ali que Jesus grita ao céu: "Meu Deus, Meu Deus, porque me abandonastes?" Não é um grito de desespero, mas de vitória. Naquele instante Ele faz a oferta de si mesmo ao Pai e ao seu plano salvador. A segunda leitura da missa expressa com muita propriedade este gesto de amor ao Pai e à humanidade: "Jesus Cristo, existindo em condição divina, humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz" (Fl 02, 06-08).

De outro lado, não podemos esquecer os motivos que levaram Jesus à morte: motivos religiosos e políticos, traição de Judas. Durante a narração da paixão, Jesus, segundo São Marcos, permanece calado. "O silêncio do Senhor denuncia a maldade daqueles que o condenam à morte. O silêncio de Jesus revela também a sua compreensão de que no desfecho dramático da sua existência terrena se realiza o desígnio de Deus. Do ponto de vista humano, a paixão de Jesus é dolorosa e escandalosa, mas, do ponto de vista teológico, a paixão do Senhor é positiva, pois ela é a manifestação mais completa do imenso amor de Deus pela humanidade" (cf. A Bíblia dia a dia, Paulinas).

Neste domingo (24) somos convidados a realizar o gesto concreto da partilha através da oferta de doações em dinheiro para a Coleta da Solidariedade, "Vós sóis todos irmãos e irmãs". É um sinal real de amor, partilha e solidariedade, feito em âmbito nacional, em todas as comunidades cristãs católicas, paróquias e dioceses. A coleta da Solidariedade é parte integrante da Campanha da Fraternidade, ela expressa o empenho quaresmal de conversão. Juntos poderemos ajudar o anúncio do Reino de Deus através da evangelização. Todas as doações financeiras realizadas pelos fiéis farão parte do Fundo Nacional de Solidariedade.

Dom João Carlos Seneme, css

Bispo de Toledo

Fonte: Toledo News
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