A Polícia Federal fechou acordo de colaboração premiada com o ex-PM Ronnie Lessa.
A Polícia Federal fechou acordo de colaboração premiada com o ex-PM Ronnie Lessa. O ministro Alexandre de Moraes homologou a delação nesta terça-feira (19). Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Rio, em 2019, como o atirador que disparou os tiros que mataram a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes. O crime completou seis anos na semana passada.
Em janeiro, o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, revelou a existência do acordo. A coluna adiantou que Lessa afirmou que um dos mandantes do assassinato é uma pessoa que possui foro de prerrogativa de função no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Por isso, um procedimento preparatório de um acordo de colaboração premiada foi enviado para o STJ. Depois disso, a participação de um segundo mandante com foro no STF fez o caso subir para a Suprema Corte e o ministro Alexandre de Moraes foi sorteado como relator.
A coluna apurou que a investigação avançou desde o fim do ano passado e, com a delação, existe uma possibilidade real do esclarecimento completo do caso. Em janeiro, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, chegou a afirmar que o caso seria concluído no primeiro trimestre desse ano.
Há alguns dias, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pediu que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, seja julgado no júri popular pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O pedido do MP está relacionado às declarações de Élcio de Queiroz, denunciado por dirigir o carro onde Lessa estava para disparar os tiros. Queiroz fechou acordo de colaboração no ano passado com a PF e o MP–RJ.