Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, mais de 120 pessoas, a maioria civis, morreram nos bombardeios israelenses das últimas 24 horas contra vários setores de Gaza, o que eleva o total de vítimas fatais em quase cinco meses de conflito a 30.534.
Para aceitar um acordo, o Hamas exige o retorno dos deslocados ao norte de Gaza, o aumento da ajuda humanitária, um cessar-fogo definitivo e a retirada dos militares israelenses. Israel, que não participa nas negociações do Cairo, rejeita as condições e afirma que prosseguirá com as operações militares até "aniquilar" o Hamas. Também exige que o movimento palestino entregue uma lista dos reféns que permanecem em cativeiro em Gaza.
Um porta-voz do Hamas disse nesta segunda (4) que o grupo palestino segue nas conversações sobre como garantir uma trégua em Gaza, apesar da decisão de Israel não participar nas negociações. "As negociações no Cairo continuam pelo segundo dia, independentemente da presença da delegação da ocupação no Egito", disse à agência de notícias Reuters.
A tentativa de negociação acontece poucos dias após o massacre a um grupo de palestinos que esperava a chegada de caminhões de ajuda humanitária em Gaza. Na quinta-feira (29), soldados israelenses disparam contra palestinos que estavam em fila para ter acesso à alimentos. A ação resultou em 112 mortos e 750 feridos.
"Os famintos de três meses foram buscar alimento e foram assassinados pelas forças sionistas de Israel. Foi o cúmulo do absurdo. Viemos aqui para dizer que essa foi a gota d'água nesse genocídio que está acontecendo em Gaza e que o mundo tem que tomar uma atitude urgente e rápida para acabar com isso", disse Mohamad El-Kadri, presidente do Fórum Latino Palestino, durante ato contra as ofensivas militares do Estado de Israel.