Vai ser remarcado o júri popular do empresário Onildo Chaves de Córdova Segundo, acusado de ter encomendado a execução do fiscal de combustíveis Fabrizzio Machado da Silva.
Vai ser remarcado o júri popular do empresário Onildo Chaves de Córdova Segundo, acusado de ter encomendado a execução do fiscal de combustíveis Fabrizzio Machado da Silva. Por decisão do Tribunal de Justiça do Paraná, o julgamento foi suspenso nesta terça-feira (27), véspera da sessão.
Antes da realização do júri, a Justiça analisa um mandado de segurança que pede a reabilitação de dois advogados do réu no processo (Claudio Dalledone Junior e Renan Pacheco Canto).
Fabrizzio Machado da Silva foi executado, em 2017, na capital. A vítima era presidente da Associação Brasileira de Combate a Fraudes de Combustíveis e foi morto a tiros, na frente da casa.
Conforme a denúncia, o empresário encomendou o assassinato por vingança, devido às fiscalizações promovidas em estabelecimentos de Curitiba. Onildo Chaves de Córdova era dono de postos de combustíveis. O assistente de acusação, Luis Roberto Zagonel, acompanha o andamento do caso.
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Durante julgamento, no final do mês passado, a acusação pediu que um dos advogados de Onildo Chaves deixasse o plenário. O pedido foi acolhido pelo juiz Thiago Flores de Carvalho, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba, e a defesa decidiu abandonar a sessão.
O magistrado determinou que a Defensoria Pública assumisse o caso, para que não houvesse novo abandono dos advogados do empresário. O órgão, no entanto, recorreu da decisão, ao avaliar que o réu possuía representantes constituídos e o Tribunal de Justiça suspendeu o júri.
O advogado Adriano Bretas diz que a defesa ainda aguarda a análise de um recurso que pede a suspeição do juiz Thiago Flores.
Em liminar, a Justiça autorizou a reabilitação dos dois advogados do réu. O mérito do mandado de segurança, no entanto, ainda não julgado. Enquanto isso, o júri não deve ser remarcado.
Preso por quase um mês, o empresário foi solto, na semana passada, beneficiado por um habeas corpus do Tribunal de Justiça. Ele tinha sido detido durante o julgamento, no final de janeiro, mesmo dia em que a defesa abandonou o júri.
Reportagem: Cleverson Bravo / Bárbara Hammes