PolĂ­tica Mohammad Shtayyeh

Primeiro-ministro palestino Mohammad Shtayyeh renuncia

Por Agência Brasil

26/02/2024 às 09:20:32 - Atualizado hĂĄ
Foto: Reprodução internet

O primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, disse nesta segunda-feira (26) que estava renunciando para permitir a formação de amplo consenso entre os palestinos sobre os acordos polĂ­ticos, em decorrĂȘncia da guerra de Israel contra o grupo islâmico Hamas em Gaza.

A medida ocorre em meio à crescente pressão dos Estados Unidos sobre o presidente Mahmoud Abbas para que ele dĂȘ uma guinada na Autoridade Palestina (AP), à medida que os esforços internacionais se intensificam para acabar com os combates em Gaza e começar a trabalhar em uma estrutura polĂ­tica para governar o enclave após a guerra.

A renĂșncia ainda deve ser aceita por Abbas, que pode pedir que ele permaneça como interino até que um substituto permanente seja nomeado.

Em declaração ao gabinete, Shtayyeh, um economista acadĂȘmico que assumiu o cargo em 2019, disse que a próxima etapa precisaria levar em conta a realidade em Gaza, que foi devastada por quase cinco meses de combates pesados.

Ele afirmou que a próxima etapa "exigirĂĄ novos arranjos governamentais e polĂ­ticos que levem em conta a realidade emergente na Faixa de Gaza, as negociações de unidade nacional e a necessidade urgente de um consenso interpalestino".

Além disso, seria necessĂĄria "a extensão da Autoridade sobre todo o território da Palestina".

A Autoridade Palestina, formada hĂĄ 30 anos sob os acordos de paz provisórios de Oslo, exerce governo limitado sobre partes da Cisjordânia ocupada, mas perdeu o poder em Gaza após luta com o Hamas em 2007.

Fatah, a facção que controla a AP, e o Hamas tĂȘm se esforçado para chegar a acordo sobre um governo de unidade e devem se reunir em Moscou na quarta-feira (28). Uma autoridade do Hamas disse que a medida deve ser seguida por um acordo mais amplo sobre a governança para os palestinos.

"A renĂșncia do governo de Shtayyeh só faz sentido se ocorrer dentro de um consenso nacional sobre os arranjos para a próxima fase", disse à Reuters Sami Abu Zuhri, autoridade sĂȘnior do Hamas.

Israel prometeu destruir o Hamas e diz que, por motivos de segurança, não aceitarĂĄ o governo da Autoridade Palestina sobre Gaza após a guerra, que eclodiu depois de um ataque liderado pelo Hamas no Sul de Israel em 7 de outubro. O ataque matou cerca de 1.200 israelenses e estrangeiros, de acordo com registros de Israel.

Até o momento, quase 30 mil palestinos foram mortos nos combates em Gaza, segundo autoridades de saĂșde, e quase toda a população foi expulsa de suas casas.

*(Reportagem adicional de Nidal al-Mughrabi)


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