PolĂ­tica 8 de Janeiro

Servidores da Abin identificam ameaças aos atos democráticos de hoje

Por Agência Brasil

08/01/2024 às 14:15:36 - Atualizado hĂĄ
Foto: Reprodução internet

Servidores da AgĂȘncia Brasileira de InteligĂȘncia (Abin) teriam identificado "ameaças" aos atos pró-democracia programados para esta segunda-feira (8), dia em se completa um ano da invasão e depredação do PalĂĄcio do Planalto, Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) por vândalos golpistas.

A informação foi tornada pĂșblica pela União dos Profissionais de InteligĂȘncia de Estado da Abin (Intelis). Em nota divulgada na noite de domingo (7), a entidade que representa os servidores da agĂȘncia afirma que os agentes detectaram "ameaças ao aniversĂĄrio da fatĂ­dica data do dia 8/1".

Na nota, a entidade não fornece outras informações, além desta. Consultada pela AgĂȘncia Brasil a respeito da gravidade das supostas ameaças, a Intelis se limitou a explicar que, por razões de segurança, estĂĄ impedida de detalhar as conclusões a que os servidores chegaram após monitorar diversas situações e projetar diferentes cenĂĄrios.

Ainda de acordo com a associação, os servidores da agĂȘncia informaram às autoridades de segurança competentes sobre as eventuais ameaças, bem como suas conclusões.

A AgĂȘncia Brasil consultou a Abin, o Ministério da Justiça e Segurança PĂșblica e a Secretaria de Segurança PĂșblica do Distrito Federal e segue aguardando manifestações destes órgãos pĂșblicos.

Desvios individuais

Divulgada às vésperas da realização de uma série de atos por todo paĂ­s, a nota da Intelis defende a atuação dos servidores da Abin, apresentando um resumo das atividades de inteligĂȘncia realizadas, segundo a entidade, para "proteger as instituições democrĂĄticas e o processo eleitoral" no Brasil.

Além de sustentar que, desde 1999, quando a Abin sucedeu o extinto Serviço Nacional de Informações (SNI), os servidores prestam apoio técnico especializado à Justiça Eleitoral, a Intelis afirma que, a partir de 2016, "diante de um quadro de polarização polĂ­tica que não ocorre somente no Brasil", os profissionais passaram a atuar mais ativamente no combate a tentativas de interferĂȘncia no processo eleitoral, incluindo o monitoramento da possibilidade de ataques cibernéticos e de divulgação de informações falsas.

"No dia da [Ășltima] eleição, em 2022, o Centro de InteligĂȘncia Nacional, nome de então do departamento da Abin dedicado à inteligĂȘncia interna e corrente, foi responsĂĄvel por produzir atualizações temĂĄticas durante a votação, mantendo consciĂȘncia situacional sobre todos os aspectos do pleito eleitoral, inclusive eventos que interferiram na liberdade de ir e vir dos cidadãos e que eram prontamente difundidas para as autoridades", informa a Intelis.

A associação assegura que a atuação dos servidores da Abin, em parceria com outros órgãos pĂșblicos, "antecipou e evitou que as eleições no paĂ­s ficassem vulnerĂĄveis a ataques de atores interessados em descredibilizar o robusto processo eleitoral brasileiro".

A entidade também menciona, na nota, o monitoramento de grupos extremistas por servidores da Abin. "Desde 2016, em razão do recrudescimento de antagonismos polĂ­ticos com retórica violenta, a Abin produz conhecimentos a respeito de atores que ameaçam a estabilidade das instituições democrĂĄticas e, em diversas oportunidades, alertou as autoridades e parceiros sobre ameaças de eventos violentos ideologicamente motivados".

A Intelis acrescenta que, mesmo após o segundo turno das eleições presidenciais de 2022, os servidores da Abin seguiram monitorando os desdobramentos do processo eleitoral, "pois jĂĄ estavam previstos inconformismos e atos violentos por [parte de] uma minoria de eleitores insatisfeitos com os resultados da eleição".

"Mesmo em meio a ataques de atores mal intencionados, que tentam atribuir malfeitos a Abin e aos seus servidores e transformar alegados desvios individuais em ataques polĂ­ticos para a desestabilização de toda a instituição, seguimos trabalhando incansavelmente", conclui a a Intelis.

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