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Governo autoriza e Caixa vai voltar a vender a popular "raspadinha"

O Ministério da Fazenda voltou a autorizar a Caixa Econômica Federal a explorar comercialmente a Lotex, loteria instantânea conhecida como 'raspadinha'.

Por Da Redação

29/12/2023 às 16:54:05 - Atualizado há
Foto: Reprodução internet

O Ministério da Fazenda voltou a autorizar a Caixa Econômica Federal a explorar comercialmente a Lotex, loteria instantânea conhecida como 'raspadinha'. 

A decisão foi anunciada nesta semana pelo governo federal depois de quatro anos de tentativas de ceder à iniciativa privada a exploração da Lotex.

Em portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta (28), o Ministério autoriza a Caixa a explorar a Lotex por dois anos "em caráter transitório". O prazo começa a valer a partir da emissão dos primeiros bilhetes e ainda pode ser prorrogado.

Raspadinha deixou de ser vendida em 2015

A Caixa comercializou a raspadinha entre os anos 1960 e 2015, quando o modelo de apostas foi suspenso por determinação da Controladoria-Geral da União (CGU), que contestou a legalidade da forma como vinha sendo feito no país. 

Em 2018, mudanças legais permitiram que o serviço fosse outorgado à iniciativa privada e retomado. Após realizar dois leilões que não atraíram interessados e de flexibilizar suas exigências iniciais, o governo federal conseguiu repassar ao consórcio Estrela Instantânea o direito de explorar o serviço por 15 anos.

Na ocasião, o governo federal estimava que, em 15 anos, a arrematante faturaria entre R$ 112 bilhões e R$ 115 bilhões com a venda dos bilhetes da raspadinha. Deste montante, 16,7% iriam para os cofres federais, com a promessa de serem investidos em cultura, esporte e segurança pública. 

Formado pelas empresas International Game Technology (IGT) e Scientific Games (SG), o consórcio arrematou a Lotex ao comprometer-se a pagar aos cofres federais R$ 817,9 milhões, sendo uma parcela inicial de R$ 96,9 milhões e outras sete parcelas anuais e corrigíveis de R$ 103 milhões. Contudo, desistiu do negócio após considerar que o serviço só seria viável se assinasse um contrato de distribuição com a Caixa, o que nunca ocorreu.

Em outubro de 2020, ou seja, um ano após o leilão, o consórcio divulgou uma nota informando que a "gestão prudente do capital determina que nos retiremos do processo e reavaliemos a implementação de um modelo de operações lotéricas no Brasil".

Exploração da Lotex

Em agosto deste ano, um decreto presidencial voltou a alterar a legislação a fim de permitir que o Ministério da Fazenda pudesse autorizar a Caixa a retomar o serviço "por prazo determinado ou até o início da execução indireta pelo operador vencedor de processo licitatório de concessão". 

O recente decreto mantém a forma de distribuição dos rendimentos anteriormente aprovada:

  • 0,4% para a seguridade social;
  • 13% para o Fundo Nacional de Segurança Pública;
  • 0,9% para o Ministério do Esporte;
  • 0,9% para o Fundo Nacional de Cultura;
  • 1,5% para instituições de futebol pelo uso dos escudos e marcas;
  • 18,3% para o agente operador da Lotex e
  • 65% para o pagamento de prêmios e imposto de renda sobre a premiação.

As premiações não retiradas serão devolvidas à União, na conta única do Tesouro Nacional.

Fonte: Massa News
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