O que deve impulsionar o varejo em 2024?

O varejo é um dos setores mais importantes da economia, pois é responsável por conectar a produção industrial e agrícola aos consumidores finais, movimentando um grande volume de bens e serviços. Este ano, o comércio varejista deve crescer 2%.

No entanto, para 2024, segundo a Confederação Nacional do Comércio somente as empresas que adotarem soluções inovadoras poderão garantir negócios sem sobressaltos.

Aliás, uma pesquisa da Altimeter aponta que 55% dos grandes agentes da transformação digital acreditam que o grande catalisador para as mudanças tecnológicas das marcas é a evolução do comportamento e a preferência dos consumidores. Ou seja, as decisões de modernização estão centradas na clientela. Já para os varejistas, a capacidade de adaptação a essas tendências emergentes e a implementação ágil de estratégias inovadoras serão diferenciais decisivos para o sucesso do mercado.

Mas afinal de contas, o que os consumidores estão exigindo do comércio? Segundo um estudo da McKinsey, 72% dos consumidores esperam que as empresas onde compram os reconheçam como pessoas únicas e consigam identificar seus interesses. Essa necessidade de personalização do cliente, muito comentada em 2023, continuará sendo a grande aposta do varejo em 2024.

Já há algum tempo os varejistas estão fazendo a integração entre as lojas físicas e digitais. Essa estratégia tende a crescer ainda mais no próximo ano. Na avaliação do sócio fundador da Amicci, que é uma empresa de tecnologia de varejo, Antônio Sá, as lojas físicas não deixarão de existir, mas haverá uma repaginação. Os consumidores poderão comprar online, retirar na loja e devolver com facilidade em todos os canais. Ou até pesquisar um produto na internet e ir até o endereço da marca efetuar a compra. Ou seja, a tendência é que tenhamos uma integração cada vez mais homogênea entre o online e offline.

Outras tendências para 2024 são o delivery ganhando ainda mais espaço no comportamento dos consumidores e, no caso dos shopping centers, os consumidores exigirão mais opções de lazer ao ar livre, vivências para além da compra e a mescla do online com o offline.