Avião da FAB decola para resgatar mais um grupo de brasileiros em Gaza

O avião KC-30 (Airbus A330 200) da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou, na manhã deste sábado (9), da base área de Galeão, no Rio de Janeiro, para repatriar o segundo grupo de brasileiros que estão na Faixa de Gaza deste o início do conflito na região.

Este é o 11º voo da Operação Voltando em Paz, articulada pelo governo federal. O avião saiu do Brasil com destino ao Aeroporto Internacional do Cairo, no Egito, em um voo direto, com duração estimada de 15 horas. O pouso deve acontecer por volta das 20h, no horário de Brasília. A expectativa é de que o voo de volta saia do Cairo na manhã deste domingo (9).

Em novembro, o governo brasileiro repatriou um grupo de 32 pessoas que estavam na Faixa de Gaza.

Esta missão estava prevista para a última quinta-feira (7), mas ficou suspensa enquanto os brasileiros aguardavam autorização para atravessar a fronteira do território palestino com o Egito.

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O Ministério das Relações Exteriores listou um grupo com 102 nomes que devem ser repatriados nesta operação. Mas, segundo a CNN, apenas 78 pessoas foram autorizadas a cruzar a fronteira. Segundo apuração da emissora, 24 nomes foram vetados por Israel. Entre eles estão brasileiros e palestinos. Os motivos do veto não foram explicados.

O avião da FAB leva a bordo 11 toneladas de alimentos não perecíveis, doados pelo governo brasileiro em uma parceria com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Esta é a segunda doação do movimento, que tem pautado uma agenda de solidariedade ao povo palestino.

Cessar-fogo

Nesta sexta-feira (8), os Estados Unidos vetaram mais um acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas. A resolução foi elaborada pelos Emirados Árabes Unidos. O representante dos Estados Unidos na ONU, Robert Wood, afirmou que a resolução foi "apressada" e que faltou uma "consultada adequada". Ele considerou o documento "desequilibrado" e "desconexo da realidade".

Treze países, entre eles o Brasil, votaram a favor da resolução. O Reino Unido se absteve. Os Estados Unidos foram os únicos a votar contra o pedido de cessar-fogo. A decisão dos EUA está sendo criticada por diversas organizações não-governamentais pela decisão.