Presidente da Assembleia confessou corrupção em dezembro de 2022

Uma ação judicial que correu em segredo de Justiça tornaria o deputado estadual Renato Freitas (PT) inocente das acusações que pesam contra ele no Conselho de Ética na Assembleia Legislativa. Ele está respondendo por quebra de decoro por chamar o presidente da Assembleia, Ademar Traiano, de corrupto. No entanto, em dezembro de 2022, ele mesmo teria se declarado como corrupto, ao confessar que pediu propina ao empresário Vicente Malucelli para a campanha de 2015, no valor de R$ 300 mil.

O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano (PSD), que não vai se manifestar sobre o assunto. Além dele, confessou o deputado Plauto Miró (DEM) também se declarou culpado à época. Os dois estavam juntos na reunião com Malucelli – que fechou acordo com Ministério Público (MP) para delação premiada. Ele teria dado o dinheiro com medo de perder a concessão para transmitir a TV Assembleia na época.

A confissão foi feita num acordo de transação penal com o MP para ter que devolver o dinheiro e arquivar o processo. Renato Freitas deverá recorrer no Conselho de Ética para que possa apresentar as provas com o recurso da exceção da verdade.

Essa não é a primeira vez que o nome de Traiano é citado em delações premiadas. O dono da Construtora Valor, Eduardo Lopes de Souza, afirmou que o deputado estadual Ademar Traiano foi beneficiado por dinheiro do esquema investigado pela Operação Quadro Negro, sobre desvios no governo de Beto Richa (SPDB). Traiano também foi investigado por um suposto esquema de rachadinha e contratação de funcionários fantasmas, que acabou sendo arquivado em fevereiro de 2023. Em 2017, Ademar Traiano foi mencionado em uma planilha da Odebrecht sob o apelido de "Praia", de acordo com a qual ele teria recebido diretamente R$ 50 mil em caixa 2 em 2010.

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— Jornalista Luciana Pombo (@lucianapombo) December 4, 2023