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Produção industrial no Brasil sobe menos que o esperado em outubro e anda de lado

No início do terceiro trimestre, a indústria brasileira registrou um aumento na produção que ficou aquém das expectativas, demonstrando ainda falta de dinamismo em outubro devido aos efeitos defasados da política monetária restritiva.

Por Da Redação

03/12/2023 às 09:04:49 - Atualizado há
Foto: Reprodução internet

No início do terceiro trimestre, a indústria brasileira registrou um aumento na produção que ficou aquém das expectativas, demonstrando ainda falta de dinamismo em outubro devido aos efeitos defasados da política monetária restritiva.

Em outubro, a produção industrial cresceu apenas 0,1% em relação a setembro, enquanto apresentou um aumento de 1,2% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Os dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (1°) ficaram abaixo das expectativas da pesquisa da Reuters, que apontava um crescimento de 0,3% na comparação mensal e de 1,3% na base anual.

Ao longo do ano, a indústria nacional oscilou entre resultados positivos e negativos, mantendo-se próximo da estabilidade, exceto em março, quando registrou um aumento de 1,1% na produção. O gerente da pesquisa no IBGE, André Macedo, observou que o setor industrial continua enfrentando desafios e dificuldades para superar as perdas do passado.

Segundo o IBGE, a indústria ainda está 1,6% abaixo do nível pré-pandemia de fevereiro de 2020 e 18,1% abaixo do ponto mais alto registrado em maio de 2011.

O setor enfrenta desafios tanto externos, devido a um crescimento global mais fraco e problemas na China, quanto internos, como juros elevados e um alto comprometimento da renda das famílias, afetando especialmente o consumo de bens de maior valor agregado. André Macedo destacou que, embora os juros tenham diminuído, ainda permanecem elevados, sendo cruciais para a atividade, consumo, crédito e nível de confiança, e há muito a ser recuperado na indústria nacional.

Em outubro, 14 das 25 atividades analisadas na pesquisa registraram crescimento na produção, com destaque para o aumento de 1,6% na produção de produtos alimentícios. Produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,7%) e máquinas e equipamentos (2,4%) também apresentaram ganhos significativos.

Por outro lado, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,4%) e indústrias extrativas (-1,1%) exerceram os principais impactos negativos no resultado de outubro. O economista Matheus Pizzani, da CM Capital, atribuiu a divergência entre as projeções de mercado e o resultado efetivo ao fraco desempenho dos setores vinculados à economia internacional.

Quanto às categorias econômicas, a produção de bens intermediários foi a única a apresentar resultado positivo em outubro, com um aumento de 0,9%. Tanto a fabricação de bens de capital quanto a de bens de consumo contraíram 1,1% no mês em comparação com setembro.

Fonte: Reuters

Fonte: Biznews
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