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Em 1° evento após privatização, Copel diz que quer lição de casa a tempo de melhora de preços no médio prazo

Clique aqui para receber as principais informações do dia do Portal Nosso Dia pelo WhatsApp Em seu primeiro evento próprio com investidores após a privatização, a Copel apresentou na quarta-feira, 22, seu plano estratégico para os próximos três anos no qual se compromete a fazer a "lição de casa" saneando custos, fazendo investimentos robustos em distribuição e se preparando para oportunidades de mercado neste período, seja via leilão de reserva de capacidade, seja diante de um cenário de preços mais atrativos em energia, a partir de 2026.

Por Da Redação

25/11/2023 às 11:48:27 - Atualizado há
Foto: Reprodução internet

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Em seu primeiro evento próprio com investidores após a privatização, a Copel apresentou na quarta-feira, 22, seu plano estratégico para os próximos três anos no qual se compromete a fazer a "lição de casa" saneando custos, fazendo investimentos robustos em distribuição e se preparando para oportunidades de mercado neste período, seja via leilão de reserva de capacidade, seja diante de um cenário de preços mais atrativos em energia, a partir de 2026.

A companhia se dispôs a economizar pouco mais de R$ 500 milhões nos próximos três anos, resultado da otimização na frente de Pessoal, Material, Serviços de Terceiros e Outras despesas (PMSO), que responderá pela redução entre R$ 460 milhões e R$ 480 milhões, além da gestão de contingências que poderá resultar na economia de até R$ 70 milhões no período.

De acordo com o diretor de Finanças e de Relações com Investidores da holding, Adriano Rudek de Moura, o trabalho com PMSO foi o primeiro a ser entregue pela diretoria pós-privatização e teve como primeiro "grande produto" o Programa de Demissão Voluntária (PDV), que deve reduzir R$ 428 milhões em custos anuais, apesar do dispêndio inicial de R$ 610 milhões.

Outra frente de redução de custos é a alienação de ativos que vão deste a única termelétrica movida a carvão (Figueira) da companhia, cuja devolução da concessão já foi pedida ao Ministério de Minas e Energia (MME) até Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) com capacidade inferior a 10 megawatts (MW), além de imóveis próprios.

A empresa reforçou ainda o avanço de operações de venda já em andamento como a da Compagas, em linha com a estratégia de foco em atividades relacionadas, especificamente, a energia elétrica, e da usina termelétrica (UTE) Araucária, cujo desfecho é esperado para março do próximo ano e visa a descarbonização do portfólio.

Apesar dos destaques à redução de despesas, o diretor-presidente da Copel, Daniel Slaviero, afirmou que a iniciativa é apenas uma primeira fase do ciclo pós-privatização da companhia e destacou a "agenda muito mais abrangente da companhia", cujo crescimento se dará, segundo o executivo, pela execução "impecável" do plano estratégico e sem "cavalos de pau".

Crescimento no 'próprio quintal'

O diretor de Desenvolvimento de Negócios da Copel, Cássio Santana da Silva, afirmou, durante o Copel Day, que "entre priorizar distribuição e transmissão, devemos optar por distribuição". Apesar de demonstrar apetite para o que chamou de crescimento "inorgânico", o executivo disse que é na própria área de concessão que o aporte deve ser aplicado.

Para além da expectativa de crescimento econômico do Paraná, o plano está ancorado na necessidade de modernização da base operacional, cujos níveis de depreciação estão acima da média nacional.

Enquanto isso, o plano é estudar possíveis oportunidades já que ativos que tenham "sinergia" com a Copel Distribuição estão, hoje, fora da mesa. O diretor-presidente da Copel, Daniel Slaviero, fez questão de descartar o interesse pela Amazonas Energia, cuja caducidade da concessão foi recomendada nesta semana pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e pela Light, que enfrenta uma recuperação judicial.

No cenário de transmissão, a empresa disse estar avaliando a participação nos certames marcados para 2024 e reiterou que não participará na disputa por lotes do próximo mês. A Copel prevê investimentos da ordem de R$ 91,3 milhões para o segmento em 2024, com quase totalidade destinada a melhorias e reforços de empreendimentos que já são da companhia. Esta frente pode, inclusive, mobilizar R$ 1,5 bilhão nos próximos 10 anos, segundo previsões da empresa.

Leilões e cenário de preços

A diretoria da Copel admitiu que o cenário atual de baixos preços de energia é um desafio. Disse, contudo, estar seguindo uma estratégia que classificou de bem sucedida de manter altos níveis de sua energia contratada nos próximos dois anos, deixando 15% do portfólio para fazer frente ao risco hidrológico (GSF, no jargão setorial).

Para 2026, os níveis de contratação são menores sob a expectativa da volta dos preços a patamares considerados mais atrativos pelos empreendedores de geração. Para Slaviero, "se tem um lado bom de ter mais dois anos de preço baixo de energia é que estamos bem posicionados", o que permitirá que a companhia "termine a lição de casa".

No curto prazo, o grande destaque do Copel Day foi o posicionamento da empresa diante do leilão de reserva de capacidade previsto para 2024. Os executivos ressaltaram a possibilidade de ampliação da hidrelétrica de Foz do Areia, uma das três cuja renovação da concessão foi possibilitada com a privatização, como diferencial na competição, cujas regras ainda não foram definidas.

Fonte: Nosso Dia
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