General Motors já demitiu pelo menos 800 funcionários, afirma sindicato

A General Motors (GM) anunciou demissões em suas fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes no último sábado, impactando já cerca de 800 funcionários da montadora, de acordo com informações do Sindicato dos Metalúrgicos de São José do Campos e Região. Em conjunto com os colaboradores de São Caetano e Mogi das Cruzes, eles iniciaram uma greve na segunda-feira em resposta aos anúncios de demissões em massa.

Hoje, os trabalhadores da GM em São José dos Campos demonstraram seu descontentamento pendurando aproximadamente cem uniformes de trabalho com mensagens de protesto contra as demissões na porta da unidade.

O jornal O GLOBO procurou a General Motors em busca de informações sobre o número total de demissões e detalhes sobre os desligamentos, mas até a publicação desta reportagem, a empresa ainda não havia respondido.

Após o início das demissões por parte da GM, que foram comunicadas por e-mail em 21 de outubro, os metalúrgicos aprovaram, em uma assembleia realizada no domingo, uma greve por tempo indeterminado.

Em um comunicado conjunto, os sindicatos das três unidades argumentaram que, apesar da montadora justificar as demissões devido à queda nas vendas, houve um aumento de 18,18% nas vendas de veículos no Brasil entre abril e junho deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Os três sindicatos estão buscando negociações com a montadora para reverter as demissões e garantir a manutenção dos postos de trabalho.

Como resultado da greve, a fábrica de São José dos Campos deixa de produzir cerca de 150 carros por dia. Essa unidade é responsável pela produção dos modelos S-10 e Trailblazer, bem como dos motores e transmissões.

Fonte: Exame