Geral LEI AMBIENTAL

Chefe do IAT Umuarama explica que processo de obtenção de licença para queimadas é rigoroso

OBemdito recebeu uma denúncia relativa a um incêndio ambiental em uma propriedade situada nas proximidades do Pesqueiro Império dos Peixes, na Estrada Juvenal.

Por Da Redação

25/10/2023 às 19:50:21 - Atualizado há

OBemdito recebeu uma denúncia relativa a um incêndio ambiental em uma propriedade situada nas proximidades do Pesqueiro Império dos Peixes, na Estrada Juvenal. A situação no início do mês e mobilizou o Corpo de Bombeiros. No entanto, quando a equipe chegou ao local foi informada pelo proprietário que se tratava que se tratava de uma queima controlada.

Diante da situação, OBemdito conversou com Luis Carlos Borges Cardoso, chefe regional do Instituto Água e Terra (IAT) em Umuarama, que esclareceu que essa queimada não contava com a devida autorização, uma vez que não houve solicitação de licença para tal atividade.

Cardoso enfatizou a rigorosidade do processo de obtenção de licença para ações desse tipo e recomendou que qualquer pessoa que testemunhe tal ação entre em contato com o IAT ou a Polícia Ambiental para que as medidas apropriadas sejam tomadas, acrescentando: “Para aqueles que desejam realizar esse tipo de atividade, é fundamental entrar em contato conosco”.

Queimas anuais são uma prática que, à primeira vista, pode parecer atraente para produtores rurais que buscam renovar pastagens e eliminar plantas invasoras. Geralmente, a queima é realizada durante o período de seca, com a expectativa de que as forrageiras possam rebrotar com as primeiras chuvas. No entanto, a longo prazo, os resultados se mostram desastrosos, tanto para as pastagens quanto para os bolsos dos pecuaristas.

Dados demonstram que, se o pecuarista optar por transformar o capim seco em feno ou silagem, ele poderá obter uma produção de até quatro toneladas de feno por hectare, resultando em aproximadamente 13,5 arrobas de carne por hectare, com um valor de arroba estimado em 50 reais. Ou seja, ao optar pela queimada, ele pode estar perdendo cerca de 675 reais por hectare, sem mencionar os danos ambientais, como a poluição do ar e o aumento do efeito estufa.

Com queimadas sucessivas ao longo dos anos, a pastagem corre o risco de ser completamente destruída. O fogo acaba por eliminar os microorganismos do solo, esgota as reservas de crescimento das gramíneas, fazendo com que o capim desapareça e deixando o solo desprotegido. Os ventos e chuvas, por sua vez, levam embora os nutrientes do solo, que vai ficando compactado e vulnerável ao estabelecimento de espécies invasoras.

Caso a pastagem ainda possa ser recuperada após todos esses prejuízos, o pecuarista enfrentará um gasto médio de cerca de 500 reais por hectare para restaurá-la, com um retorno sobre o investimento que levará, em média, três anos.

No entanto, existem alternativas viáveis para evitar a queima das pastagens cultivadas, como a diversificação das espécies de forrageiras, a divisão das invernadas, a consorciação com leguminosas, a criação de bancos de proteínas, a adubação para formação e manutenção, bem como a criação de aceiros.

No que diz respeito ao manejo do rebanho, a Embrapa aconselha que os produtores rurais equilibrem a taxa de lotação e adotem a prática de rotação de pastagem, com um intervalo de pelo menos 30 dias, a fim de eliminar os parasitas do pasto. Para os casos em que não é viável produzir feno ou silagem, a suplementação com uréia é uma alternativa recomendada. Todas essas práticas visam evitar que o pecuarista desperdice lucro ao optar pela queimada como método de manejo de pastagens.

(Com informações OBemdito e Embrapa)

Fonte: O Bemdito
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