Economia Fusões & Aquisições

Depois da Exxon, Chevron anuncia novo mega M&A em petróleo

Petroleira anuncia compra da Hess por US$ 60 bi, incluindo dívidas �- e coloca os pés na Guiana, em parceria com sua principal rival

Por Biznews

25/10/2023 às 05:43:29 - Atualizado há
Foto: Reprodução internet


A temporada de grandes aquisições no setor de petróleo está em pleno andamento. Duas semanas após a Chevron ter anunciado a compra da Pioneer, a Exxon acaba de revelar a aquisição da Hess por um montante de US$ 53 bilhões, a ser pago em ações. Considerando a dívida da Hess, o valor total da transação atinge os US$ 60 bilhões. Esse valor corresponde ao que a Pioneer pagou pela sua concorrente, tornando esta a maior fusão e aquisição do ano e um dos negócios mais significativos na história do mercado de petróleo e gás.

Essa fusão cria uma situação peculiar, já que coloca a Chevron em uma parceria com sua rival, a Exxon. Isso se deve ao fato de que a Hess estava colaborando com a Exxon e a empresa chinesa CNOOC no desenvolvimento de operações de perfuração na Guiana.

O consórcio liderado pela Exxon está explorando o bloco Stabroek, que abrange uma área de 6,6 milhões de acres, com participações de 45% da Exxon, 30% da Hess e 25% dos chineses. A primeira descoberta significativa de petróleo nesse bloco ocorreu em 2015. Atualmente, a Guiana é reconhecida como um dos principais produtores de petróleo do mundo, destacando-se na América Latina, ficando atrás apenas do Brasil e do México.

A região registrou mais de 30 descobertas de petróleo de classe mundial nos últimos anos, totalizando 11 bilhões de barris de petróleo em reservas comprovadas, o que é praticamente equivalente a todas as reservas de petróleo do Brasil, apesar de ser uma área geograficamente menor.

Essa situação também suscita o interesse da Petrobras pela Margem Equatorial, que se estende desde o Rio Grande do Norte até o Amapá, incluindo a controversa Foz do Amazonas. A expectativa é que a geologia da região seja semelhante à da costa do país vizinho.

Além da Guiana, a Hess possui um projeto de xisto na Dakota do Norte, além de ativos no Golfo do México e no Golfo da Tailândia.

No que diz respeito à aquisição, a Chevron está oferecendo um valor de US$ 171 por ação da Hess, representando um prêmio de 4,9% em relação ao último preço de fechamento das ações da Hess. O pagamento será feito por meio da troca de ações.

Essa transação ocorre em um momento de preços do petróleo em alta, em grande parte devido a conflitos geopolíticos, demonstrando que as principais empresas do setor continuam a apostar no crescimento da demanda, apesar da necessidade de uma transição para fontes de energia com baixas emissões de carbono para lidar com as questões relacionadas ao aquecimento global.

A onda de fusões e aquisições ocorre após anos de atividade retraída no setor, como resultado do impacto da pandemia. Nos últimos anos, com os preços do petróleo novamente em níveis elevados e lucros recordes, as principais empresas de petróleo acumularam reservas de caixa, distribuindo-os por meio de dividendos e recompra de ações.

No entanto, por volta das 12h (horário de Brasília), as ações da Chevron registravam uma queda de 2,44% no pré-mercado de Nova York, sendo negociadas a US$ 162,66.

Fonte: Exame

Fonte: Biznews
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