Política Supremo Tribunal Federal

Rosa Weber, presidente do Supremo, recebe homenagens em sua última sessão

Ao fazer um balanço da gestão de um ano à frente do Supremo Tribunal Federal, a ministra lembrou os ataques à democracia e destacou a importância da união das instituições.

Por Jornal Nacional

28/09/2023 às 10:57:02 - Atualizado há
Foto: Reprodução/STF

A sessão desta quarta-feira (27) no STF - Supremo Tribunal Federal foi a última presidida pela ministra Rosa Weber.

Desde o início da sessão, os colegas renderam homenagens à presidente da Corte.


"Graças à liderança firme de vossa excelência, especialmente durante os ataques covardes à democracia brasileira, que vossa excelência bem denomina do dia da infâmia, graças a essa forma firme e brilhante de atuação, a nossa democracia se tornou mais forte", afirmou o ministro Alexandre de Moraes.


No fim da sessão, ao fazer um balanço da gestão de um ano à frente do STF, Rosa Weber também lembrou os ataques à democracia.


"Oito de janeiro, o dia da infâmia. O dia em que pela primeira vez, na história dessa quase bicentenária casa de Justiça, ela foi invadida e depredada, juntamente com o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto. Dia sombrio de nossa democracia, o 8 de janeiro não há de ser esquecido para que, preservando-se a memória institucional, jamais se repita. Mas também o 8 de janeiro há de ser sempre lembrado - é a outra face da moeda - como propulsor do fortalecimento do nosso Estado Democrático de Direito em um renovar de energias diante da união e resposta imediata e firme dos poderes constituídos e da sociedade civil a vilania praticada e na contramão do que pretendera aquela horda hostil", disse Rosa Weber.


Ela destacou a importância da união das instituições.


"Na luta diária pelo aperfeiçoamento das instituições democráticas, na construção dos consensos, no exercício incansável do diálogo, no combate aos discursos de ódio, na busca do imprescindível avanço civilizatório que passa pela efetividade dos direitos fundamentais e pelo desenvolvimento econômico com um olhar voltado para um país mais justo, igualitário, fraterno, solidário e sem preconceitos".


A gaúcha Rosa Weber foi a terceira mulher a presidir o Supremo em 132 anos de história. Ela chegou ao STF em 2011, indicada por Dilma Rousseff. Foi a primeira mulher a comandar o Tribunal Superior Eleitoral durante uma eleição presidencial, em 2018.


Emocionada, Rosa Weber agradeceu aos ministros e aos servidores da Justiça, e reiterou a importância da liberdade de imprensa.


"Um agradecimento final aos profissionais de imprensa em sua cobertura diária do tribunal, reforçando a transparência. Embora seguramente não os tenha agradado nunca, ao longo deste percurso o meu silencio habitual, estejam eles certos da admiração que nutro pela atividade que desenvolvem. A imprensa livre, como a magistratura isenta e independente, é indispensável à democracia".


Rosa Weber foi aplaudida de pé. O decano, ministro mais antigo da Corte, falou em nome dos colegas.


"Foi uma gestão marcada pelo incentivo à participação feminina na política, ao mesmo tempo em que se lutava para combater a constante disseminação de fake news no processo eleitoral. Todos nós temos bem isso na memória. Hoje, tenho a plena convicção de que o Poder Judiciário brasileiro é muito bem representado por uma gaúcha que, além de forte, aguerrida e brava, é também muito virtuosa", afirmou o ministro Gilmar Mendes.


Na quinta-feira (28), a ministra Rosa Weber vai entregar a presidência do STF para o ministro Luís Roberto Barroso. A ministra vai completar 75 anos de idade na semana que vem. Por isso, terá que se aposentar como manda a Constituição.

Fonte: G1
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