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Para 95% do mercado, governo não vai conseguir zerar déficit em 2024, aponta pesquisa Genial/Quaest

Apenas 5% dos 87 profissionais de fundos de investimentos ouvidos esperam cumprimento da meta fiscal em 2024

Por Biznews

20/09/2023 às 08:23:30 - Atualizado há
Foto: Reprodução internet


O recém-aprovado quadro fiscal estabelece como objetivo que o governo elimine o déficit público até 2024, mas o mercado financeiro está bastante cético em relação a essa meta. De acordo com uma pesquisa divulgada hoje pela Genial/Quaest, 95% dos especialistas financeiros acreditam que o governo não conseguirá zerar o déficit primário no próximo ano. Apenas 5% dos 87 profissionais de fundos de investimento consultados têm expectativas de que a meta fiscal seja cumprida em 2024.

Mesmo com as diversas medidas propostas pelo governo para aumentar as receitas, como a taxação de fundos exclusivos, offshore e o fim da dedutibilidade dos juros sobre capital próprio, o mercado financeiro continua a prever que a meta fiscal será descumprida em 2024. Apenas 14% dos entrevistados acreditam que o pacote de medidas atingirá o objetivo de um déficit zero. Vale ressaltar que o arcabouço fiscal aprovado permite um déficit de até 0,25% do PIB no próximo ano.

Entre as medidas propostas, a taxação de fundos exclusivos é vista como a mais viável no Congresso, com 46% dos entrevistados acreditando em sua aprovação. Por outro lado, apenas 27% veem como "muito provável" a aprovação do fim da dedutibilidade dos juros sobre capital próprio (JCP).

Caso o governo não consiga aprovar esse pacote, a maioria do mercado, cerca de 53%, espera que o Executivo busque novas medidas para aumentar imediatamente a arrecadação. Outros 37% esperam que a meta de déficit zero seja abandonada, e 10% preveem um aumento nas alíquotas de impostos.

No final de agosto, ministros da ala política do governo sinalizaram a possibilidade de alterar a meta fiscal para um déficit de até 0,75% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano. Apesar do debate, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a meta de zerar o déficit seria mantida, e o Ministério do Orçamento enviou ao Congresso o Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) com essa previsão.

Durante os meses de julho a setembro, os agentes financeiros se tornaram mais céticos em relação à capacidade do governo de avançar com suas prioridades no Legislativo. A parcela que considera baixa a capacidade do Planalto de aprovar sua agenda no Congresso aumentou de 24% para 27%, enquanto aqueles que veem a capacidade como alta diminuíram de 27% para 20%. A avaliação de que a capacidade é regular subiu de 49% para 53%.

Quanto à entrada do PP e do Republicanos no governo, com a nomeação de André Fufuca para o Ministério dos Esportes e Silvio Costa Filho para a pasta de Portos e Aeroportos, 56% acreditam que isso aumentará a capacidade de aprovação dos projetos do governo, enquanto 44% não acreditam que isso alterará significativamente o quadro.

No que diz respeito à reforma tributária, a maioria, 74%, espera que o Senado conclua os trabalhos ainda este ano, enquanto 26% acreditam que a medida não avançará até dezembro. Quanto à reforma administrativa, 62% dos entrevistados não acreditam que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pautará o assunto, enquanto 38% esperam que ele o faça. No geral, 72% acreditam que a reforma do Imposto de Renda não será votada até o final do ano, em contraste com os 28% que esperam que seja.

Fonte: Exame

Fonte: Biznews
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