A juíza Rita Bordes Leão Monteiro mandou bloquear os bens do acusado de espancamento e racismo André Lipnharski. Ele foi condenado a pagar uma indenização de R$ 50 mil a William Cezar Martins Cardoso, um trabalhador negro dedicado ao trabalho social e não fez o repasse do valor devido. Além do valor da indenização, ele terá que pagar 12% de honorários advocatícios. Quando foi espancado na Praça Osório, em Curitiba, por um grupo de skinheads, Willian tinha apenas 18 anos. Ele saía de uma balada quando ouviu o grupo dos oito integrantes do grupo que gritava: "Gays e negros devem morrer". Ele teve o intestino perfurado, conseguiu levantar-se e correr até uma guarita policial.
Os agressores espalhavam cartazes pelas ruas e possuía textos, panfletos, discos e bandeiras com apologia ao racismo e ao neonazismo. William cficou internado em 2006 em hospital psiquiátrico por 45 dias por conta do trauma.
O júri tardou quatorze anos. A condenação foi por crimes de racismo, associação criminosa e lesão corporal. As penas variaram de um a oito anos de prisão. Os réus são Raul Astutte Filho, Anderson Marondes de Souza e André Lipnharski, acusados tentativa de homicídio. Eles também respondem por outros crimes, ao lado de Bruno Paese Fadel, Drahomiro Michel Carvalho, Estela Herman Heise e Fernanda Kelly Sens. O julgamento de Edwiges Francis Barroso foi adiado.