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Após decisão da Justiça, governo de Tarcísio de Freitas recua e voltará a adotar livros distribuídos pelo Ministério da Educação

O governo de São Paulo, chefiado pelo bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos), recuou da decisão de oferecer apenas material digital aos estudantes dos anos finais do ensino fundamental da rede pública.

Por Da Redação

17/08/2023 às 15:17:31 - Atualizado há

O governo de São Paulo, chefiado pelo bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos), recuou da decisão de oferecer apenas material digital aos estudantes dos anos finais do ensino fundamental da rede pública. A decisão, que tinha sido anunciada no último dia 1º, foi revista na quarta-feira (16) após determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e de pressões vindas de diversos setores.

Com o recuo, São Paulo volta a fazer parte do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) do Ministério da Educação (MEC), que vai fornecer ao estado cerca de 10 milhões de livros didáticos, avaliados em cerca de R$ 200 milhões. Na prática, o governo paulista tinha aberto mão desse valor.

A decisão levou em conta ação ajuizada por parlamentares do PSOL paulista: a deputada federal Luciene Cavalcante, o deputado estadual Carlos Giannazi e o vereador de São Paulo Celso Giannazi. Além da questão financeira, a ação destacou a dificuldade de acesso de estudantes a conteúdos ofertados pela internet, conforme aconteceu nos momentos mais graves da pandemia de covid-19.

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Ao acionarem o Judiciário, os parlamentares lembraram que o secretário de educação de Tarcísio, Renato Feder, é empresário do ramo de tecnologia. A decisão pela adoção de material totalmente digital poderia, portanto, configurar conflito de interesses.

"Nesta toada, não é de se surpreender a escolha do Secretário pelo ensino integralmente digital na rede estadual de educação, visto que atua no ramo empresarial de empresa de tecnologia que mantém contato com a pasta. Assim, o conflito de interesses é latente, assim como o desvio de finalidade consistente em próprio enriquecimento em detrimento da qualidade da educação, conforme está sendo investigado pelo Ministério Público", destacaram os parlamentares.

O PNLD existe desde 1929 e fornece material didático às redes públicas municipais, estaduais e do Distrito Federal sem qualquer custo. A decisão judicial levou em conta a qualidade do material entregue, destacando que os mesmos livros são usados por "escolas de ponta da cidade de São Paulo". O juiz Antonio Galvão Franca destacou ainda que o programa oferece "grande economia ao erário estadual, dispensando a Fazenda do Estado da produção de material didático próprio".

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Em nota em que confirmava ter voltado atrás, o governo paulista não mencionou a decisão judicial, e afirmou que agiu "a partir da escuta e do diálogo com a sociedade". Segundo a administração Tarcísio, todos os alunos da rede pública, de ensino fundamental e médio, terão acesso a material digital e impresso, o que inclui os livros do PNLD e material específico da rede pública de São Paulo.

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