do UOl O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), defendeu em entrevista ao jornal O Estado de S.
O que aconteceu
O governador, que é opositor do presidente Lula (PT), relatou que o bloco se chama Cossud (Consórcio Sul-Sudeste) e é presidido pelo governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD).
A promessa é que os estados atuem em conjunto para frear prejuízos às unidades federativas no Congresso.
O exemplo de atuação do grupo e o foco das atividades será a reforma tributária, que foi aprovada pela Câmara, mas ainda vai ser analisada no Senado. Para Zema, os estados do Sudeste sempre vão estar em desvantagem.
Temos feito o mesmo trabalho com o senadores de nossos estados e o que nós queremos é que o Brasil pare de avançar no sentido que avançou nos últimos anos —que é necessário, mas tem um limite— de só julgar que o Sul e o Sudeste são ricos e só eles têm que contribuir sem poder receber nada.
Está sendo criado um fundo para o Nordeste, Centro-Oeste e Norte. Agora, e o Sul e o Sudeste não têm pobreza? Aqui todo mundo vive bem, ninguém tem desemprego, não tem comunidade Tem, sim. Nós também precisamos de ações sociais. Então Sul e Sudeste vão continuar com a arrecadação muito maior do que recebem de volta? Isso não pode ser intensificado, ano a ano, década a década.
O número de brasileiros que vivem na pobreza ou na extrema pobreza teve crescimento recorde em 2021, conforme relatório divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Esquerda reage
Nas redes sociais, políticos de esquerda reagiram à entrevista de Zema. O senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou que o governador é um “acidente político em um estado de história tão altiva”.
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) disse que a fala de Zema é “revoltante”.Já o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) classificou a fala como “abjeta e preconceituosa”.