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Filmado em IMAX, Oppenheimer conta a biografia do físico conhecido como "pai da bomba atômica"

Por Diário de Curitiba

19/07/2023 às 22:41:35 - Atualizado há
Foto: Divulgação do longa Oppenheimer/Universal Picture Br

Com estreia marcada para esta quinta-feira (20), o filme escrito e dirigido por Christopher Nolan, Oppenheimer, chega aos cinemas do Brasil com novidades cinematográficas. Além de ser filmado em IMAX 65mm e 65mm em grande formato combinados, ele inclui, pela primeira vez, seções de cinematografia analógica em preto e branco em IMAX.

Oppenheimer é um thriller que leva o público ao cerne do pulsante paradoxo vivido pelo enigmático homem que deve arriscar destruir o mundo para tentar salvá-lo. Baseado no livro vencedor do Prêmio Pulitzer "American Prometheus: The Triumph and Tragedy of J. Robert Oppenheimer" (Prometeu Americano: O Triunfo e a Tragédia de J. Robert Oppenheimer), de Kai Bird e Martin J. Sherwin (1927-2021), é estrelado por Cillian Murphy como J. Robert Oppenheimer e Emily Blunt como sua esposa, a bióloga e botânica Katherine "Kitty" Oppenheimer.

Com diversas camadas e a não linearidade, o filme viaja por momentos do julgamento do Oppenhimer, onde julgam sua condição de continuar credenciado na segurança do país ou se será negado a permanência e volta na história do físico teórico e sua jornada acadêmica na Universidade da Califórnia. Ao desenrolar dessas camadas, vai mostrando como ele se torna diretor do Laboratório de Los Alamos, durante o Projeto Manhattan, que tinha como missão projetar e construir as primeiras bombas atômicas.

O filme é longo, são três horas de duração, o que torna a primeira hora do filme por vezes cansativa e confusa com todas essas nuances entre passado e presente. Porém a história é intrigante, aquele suspense pelo desenrolar da trama e pelo paradoxo vivido pelo enigmático homem que deve arriscar destruir o mundo para tentar salvá-lo.

O longa não tem, na minha opinião, um bom plot twist (que é aquela virada inesperada no desfecho), elemento típico nos thrillers, mas ainda assim tem um desfecho interessante. O que me chamou a atenção particularmente, é a reflexão que a história contada deixa no ar: Até que ponto a evolução da ciência, física e consequentemente a tecnologia é segura? Ao mesmo tempo que foi preciso uma bomba atômica para acabar com a Guerra Mundial, por medo e não pela paz propriamente dita de forma genuína, criamos um artefato de destruição tão perigoso, que não sentimos a segurança que sua construção prometia.

O filme, que também é político, permeou por questões do nazismo, fascismo e comunismo. Nele, o próprio físico, conhecido como "pai da bomba atômica", preocupava-se com o destino de sua criação. Uma arma tão poderosa em mãos erradas, o que pode ocasionar ao mundo? Estaria ele realmente à favor da paz? Por vezes foi mostrado seus traumas e medos, sua culpa, principalmente quando soube dos números de mortes e consequências das bombas lançadas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, em 1945.

Apesar de cansativo pela densidade da própria história, vale a pena prestigiar a obra. Creio que três horas foram poucas para conseguir retratar uma biografia como essa, tão complexa e importante para a história. Com riquezas de cores e efeitos proporcionados pelo IMAX, não poderia deixar de tecer elogios para a grande produção, assinada por Emma Thomas, Charles Roven, da Atlas Entertainment, e Christopher Nolan.

Foto: Divulgação Universal Picture Br.

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