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Fome aflige uma em cada dez pessoas no mundo, aponta relatório da ONU

Conteúdo adaptado de material publicado originalmente em inglês pela ONU News Até 783 milhões de pessoas passaram fome em todo o mundo em 2022, após a pandemia de Covid-19, repetidos choques climáticos e conflitos, inclusive na Ucrânia.

Por Da Redação

13/07/2023 às 15:37:28 - Atualizado há

Conteúdo adaptado de material publicado originalmente em inglês pela ONU News

Até 783 milhões de pessoas passaram fome em todo o mundo em 2022, após a pandemia de Covid-19, repetidos choques climáticos e conflitos, inclusive na Ucrânia. É o que aponta um estudo lançado por cinco agências da ONU (Organização das Nações Unidas) na quarta-feira (12).

O relatório “Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo” revelou que entre 691 e 783 milhões de pessoas passaram fome em 2022, com uma faixa média de 735 milhões, representando um aumento de 122 milhões de pessoas em relação a 2019. Também se soma a um aviso sombrio, potencialmente colocando em risco o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de acabar com a fome.

"No geral, precisamos de um esforço global intenso e imediato para resgatar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Devemos construir resiliência contra as crises e choques que levam à insegurança alimentar. Do conflito ao clima", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, em uma mensagem de vídeo lançando o relatório.

Mulher com dois filhos que se recuperam de desnutrição no Níger (Foto: Unicef/Frank Dejongh)

O estudo mostra que a fome aumentou na Ásia Ocidental, no Caribe e em toda a África, onde uma em cada cinco pessoas – mais do que o dobro da média global – passou fome. Apenas a Ásia e a América Latina observaram progresso na busca pela segurança alimentar.

Além do aumento da fome, a capacidade das pessoas de acessar dietas saudáveis ??também se deteriorou em todo o mundo. Mais de 3,1 bilhões de pessoas em todo o mundo não poderão pagar por uma dieta saudável em 2021, segundo o relatório, emitido em conjunto pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (IFAD), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Organização Mundial da Saúde (OMS) e Programa Mundial de Alimentos (PMA).

Desnutrição entre crianças

De acordo com o relatório, 148 milhões de crianças com menos de cinco anos eram raquíticas (uma condição marcada por baixa estatura por idade), 45 milhões eram magras (baixo peso) e 37 milhões tinham excesso de peso, muitas vezes um indicador de má nutrição.

"A malnutrição é uma grande ameaça para a sobrevivência, crescimento e desenvolvimento das crianças," afirmou a Directora Executiva da Unicef, Catherine Russell.

A desnutrição infantil também se manifesta de forma diferente em ambientes urbanos e rurais, acrescentou o relatório, observando que a prevalência de nanismo infantil era maior no campo (35,8%) que nas áreas urbanas (22,4%).

Da mesma forma, a emaciação foi maior nas áreas rurais (10,5%) em comparação com as áreas urbanas (7,7%), enquanto o excesso de peso é ligeiramente mais prevalente nas áreas urbanas (5,4%) na comparação com as áreas rurais (3,5%).

"A escala da crise nutricional exige uma resposta mais forte focada nas crianças, incluindo a priorização do acesso a dietas nutritivas e acessíveis e serviços essenciais de nutrição, protegendo crianças e adolescentes de alimentos ultraprocessados ??pobres em nutrientes e fortalecendo as cadeias de abastecimento de alimentos e nutrição, incluindo para alimentos fortificados e terapêuticos para crianças", disse Russell.

Fonte: A Referência
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