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TJ-PR nega habeas corpus e mantém ginecologista preso por suspeita de abuso sexual em Maringá

Delegado diz que já ouviu 34 vítimas das 41 mulheres que registraram Boletim de Ocorrência. Investigação aponta que crimes aconteciam dentro do consultório do médico.

Por Vinicius Matos, g1 PR e RPC Maringá

06/07/2023 às 13:03:00 - Atualizado há

O Tribunal de Justiça do Paraná negou pedido liminar de habeas corpus e decidiu que o ginecologista e obstetra Felipe Sá, suspeito de abusar sexualmente de pelo menos 41 mulheres, em Maringá, no norte do Paraná, deve aguardar o andamento do processo preso temporariamente.

Segundo o delegado Dimitri Tostes, responsável pela investigação, 34 mulheres prestaram depoimento alegando serem vítimas do médico. Sá está preso desde 15 de junho.


O g1 entrou em contato com a defesa de Sá, mas não obteve retorno.


A decisão negada foi proferida pela desembargadora Maria José de Toledo Marcondes Teixeira, da 5° Câmara Criminal. No documento, ela afirma que é necessário manter o médico preso para que as investigações continuem.


"A prisão temporária faz-se impositiva diante da imprescindibilidade da medida para as investigações do inquérito policial, pois conforme pontuado pelo magistrado a quo a medida é indispensável para possibilitar a localização de fontes de provas e garantir a continuidade das investigações, haja vista que presentes relevantes elementos indiciários da existência de outras vítimas e receios de prestarem declarações em desfavor do investigado", disse a desembargadora.


Dimitri Tostes, responsável pela investigação, decidiu que o médico será interrogado após a série de oitivas das vítimas.


"A gente vai apresentar pra ele tudo o que foi obtido durante essa parte da investigação pra confrontar essas versões, a das vítimas e o que ele tem a dizer para a Polícia Civil".


O delegado informou que estuda solicitar à justiça a prorrogação da prisão temporária para mais trinta dias.


Crimes

De acordo com o delegado, o ginecologista é investigado por violação sexual mediante fraude, importunação sexual e estupro de vulnerável contra pacientes. Entre elas, estão ex-alunas dele no curso de Medicina de uma universidade particular, onde Sá dava aulas.


O profissional foi preso no próprio consultório, local em que, segundo a polícia, os crimes aconteciam. Segundo a investigação, Sá tentava criar um ambiente seguro para as mulheres. Quando ganhava a confiança delas, cometia os abusos.


"Em alguns casos, a pretexto de realizar o exame ginecológico, elas (vítimas) alegavam que ele passava a massagear a zona sexual e, em outros casos, ele pedia de forma insistente pra elas retirarem a blusa. Foi o mecanismo de operação que a gente identificou durante a investigação", afirmou o delegado.


Em vídeos publicados nas redes sociais, o ginecologista defendia o tema do empoderamento feminino. As gravações também estão sendo investigadas pela Polícia Civil.


Perícia

A polícia explicou que o celular de Felipe Sá está passando por perícia porque ele teria trocado mensagens e arquivos com as pacientes.

Fonte: G1
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