Exatos 26,8% dos brasileiros têm diagnóstico médico de ansiedade. É o que aponta o levantamento nacional Covitel 2023 (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia), divulgado pela CNN Brasil. Foram ouvidas 9 mil pessoas, de todas as regiões do Brasil. A coleta de dados foi feita entre os dias 2 de janeiro e 18 de abril por telefone.
De acordo com a pesquisa, os mais ansiosos são os jovens: um terço (31,6%) da população de 18 a 24 anos é ansiosa. As prevalências de diagnóstico ainda são maiores no Centro-Oeste (32,2%) e entre as mulheres (34,2%).
Dentre os ansiosos, 12,7% relatam já terem recebido diagnóstico médico também para depressão. As maiores prevalências dos dois diagnósticos combinados estão na região Sul (18,3% de pessoas com depressão), entre as mulheres (18,1% delas já tiveram diagnóstico), e na faixa etária de 55 a 64 anos (17%), seguida pelos jovens de 18 a 24 anos (14,1%).
Tratamento
A prevenção ao desenvolvimento da ansiedade inclui a adoção de hábitos que ampliam a qualidade da saúde como um todo. Boa alimentação, qualidade do sono, exercícios físicos regulares, hábitos de higiene e acesso aos serviços de saúde são algumas das medidas que previnem ou amenizam os transtornos de ansiedade.
Os transtornos de ansiedade leves podem ser tratados a partir da terapia psicológica, que conta com diversas vertentes, incluindo a terapia cognitivo-comportamental, técnicas de resolução de conflitos, meditação e atenção plena ou métodos como a psicoterapia e a psicanálise.
Paralelamente, há o incentivo à escolha por alguma prática de atividade física que seja mais confortável a cada paciente. Exercícios físicos moderados promovem a liberação de hormônios no organismo associados às sensações de bem-estar e relaxamento.
Em casos mais graves, como quadros de pânico ou de transtorno do estresse pós-traumático, por exemplo, podem ser prescritos medicamentos antidepressivos com impactos benéficos sobre a ansiedade. No entanto, o uso de remédios controlados deve ser feito exclusivamente a partir de recomendação médica.
Vale destacar que o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza atendimento gratuito para pessoas em sofrimento psíquico por meio dos serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).