Geral Ademar Traiano

"Precisa entender o que é um parlamento", diz presidente da Alep a Renato Freitas após discussão

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Por Da Redação

21/06/2023 às 09:47:38 - Atualizado há

"Pelo jeito, o Tribunal Superior Eleitoral está fazendo um circo. Contratou, agora, a imprensa internacional para acompanhar o julgamento. Qual a necessidade? Ninguém sabe o porquê. Qual o crime que o presidente Bolsonaro cometeu? Nenhum. 'Ah, mas ele trouxe os embaixadores e falou que tinha dúvidas contra as urnas eletrônicas'. Ele e a maior parte da população brasileira disseram o mesmo. Não há crime ter dúvidas. Agora, crime é o que fizeram quando teve impeachment da Dilma, que automaticamente ficaria inelegível e creio que, na época, o Lewandowski falou que não", disse Arruda pouco antes de também criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e dizer que ele tem medo de enfrentar o ex-mandatário.

"O Lula não anda em lugar nenhum e onde anda é vaiado, inclusive na Bahia, no Nordeste, que está despencando a popularidade dele porque a verdade vem aparecendo", completou Arruda, que também criticou o Superior Tribunal Federal e a CPMI do 8 de janeiro.

Cerca de 30 minutos após deixar a tribuna, Ricardo Arruda usou o microfone para dizer que teria sido chamado de "mentiroso" por Renato Freitas. "Após a minha fala na tribuna, novamente o deputado Renato Freitas ficou dando gritos de 'mentiroso'. Quero que essa Casa tome providências e que o senhor [Ademar Traiano] explique ao deputado que isso aqui é um parlamento e não um circo. Se eu fosse gritar isso a cada vez que ele vai falar, eu estaria rouco. Mas eu não vou fazer por questão de educação e de respeito a esse plenário. E que o senhor pegue o vídeo para conferir e encaminhe à Corregedoria porque alguma atitude tem que ser feita, presidente", pediu o deputado bolsonarista.

O deputado Renato Freitas — Foto: Valdir Amaral /Alep

Em seguida, Ademar Traiano pediu que o petista respeitasse o parlamentar e disse que "gozações e olhar irônico não são bons". "O mesmo comentário que ele fez lá, eu fiz aqui. Não se trata de gozação e tampouco de piada. Se trata de uma verificação de uma fake news e a única palavra que eu falei foi 'mentiroso'", respondeu Freitas.

"Olha, essa Casa já está tomando as providências e é chegado o momento, deputado Renato… Deputado, vossa excelência me respeite mais uma vez. É chegado o momento da vossa excelência entender o que é um parlamento. Aqui não é para brincadeira", concluiu o presidente da Alep, em tom elevado.

A atribuição de "mentiroso" feita por Renato Freitas a Ricardo Arruda seria relacionada à afirmação do segundo parlamentar sobre a procedência de arroz orgânico produzido pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que disse que o produto "tem mais agrotóxicos do que qualquer outro arroz".

Troca de acusações pode terminar em perda de mandato

A Corregedoria da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) encaminhou ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, em maio, um relatório sobre a troca de acusações entre Freitas e Arruda. Um procedimento disciplinar foi instaurado e, após análise do conselho, os parlamentares podem ter os mandatos cassados.

Ao Portal Nosso Dia, o corregedor da Alep, deputado Artagão Junior (PSD), afirmou que este é o segundo parecer (de um total de cinco) relacionado ao embate entre os deputados já enviado à Corregedoria da Casa. O envio do relatório ocorreu cerca de 50 dias após o presidente da Alep, deputado Ademar Traiano, determinar que a Corregedoria apurasse a troca de acusações entre os parlamentares.

O presidente da Alep, Ademar Traiano - Foto: Pedro de Oliveira/Alep

Uma semana antes da determinação, Ricardo Arruda registrou um boletim de ocorrência contra o petista por ameaça. A defesa do parlamentar bolsonarista afirmou ainda que pediria a instauração de um processo disciplinar por quebra de decoro contra Freitas.

No último dia 5, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar definiu que o deputado Tercílio Turini (PSD) será o relator do procedimento disciplinar e responsabilização referente à troca de ofensas entre os deputados. A investigação tem como base relatório encaminhado pela Corregedoria da Casa de leis.

Fonte: Nosso Dia
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