Política Inelegibilidade

Prevendo inelegibilidade, Bolsonaro prepara mobilização para criticar decisão do TSE

Por Valdo Cruz

20/06/2023 às 12:58:16 - Atualizado há
Foto: Correio Braziliense

À espera de uma condenação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) conta com uma mobilização de seus apoiadores nas redes sociais para criticar a decisão da Corte, colocando-o em papel de vítima.

Essa é a estratégia da equipe de Bolsonaro para tentar capitalizar em cima de julgamento que ele já espera que lhe será desfavorável. Na avaliação do PL, isso vai manter os apoiadores do ex-presidente mobilizados, para fortalecer seu papel de cabo eleitoral estratégico para as eleições de 2024 e 2026.


A ordem, além disso, é não parar a agenda de Bolsonaro. Na sexta-feira (23), ele vai ao Rio Grande do Sul. De lá, segue no sábado (24) para Ji-Paraná, em Rondônia, onde irá se encontrar com Michelle Bolsonaro em um evento do PL Mulher.


Na semana que vem, ele também manterá a rotina, mas não pretende, antes da decisão, fazer qualquer crítica ao TSE, dentro do novo estilo mais moderado que adotou.


Além disso, o partido vai usar uma campanha já planejada, a partir do dia 25 de junho, para aumentar o apoio a Bolsonaro. Na data, o PL vai lançar uma campanha para filiação e recadastramento de filiados, com a meta de subir de 770 mil para mais de 1 milhão.


Durante a iniciativa, o partido vai perguntar aos apoiadores o que acham de uma condenação do ex-presidente pelo TSE, cujo julgamento começa nesta quinta-feira (22).


Os ministros do Tribunal de Superior Eleitoral estão otimistas em relação ao julgamento de uma das 16 ações contra Bolsonaro, acreditando que ele será concluído até a próxima quinta-feira (29), sem pedido de vista.


O julgamento começa com a leitura de um resumo do relatório do ministro Benedito Gonçalves e as sustentações da acusação, defesa e do Ministério Público Eleitoral.


A dúvida é se haverá tempo para o relator começar a ler também um resumo do seu voto, já distribuído a todos os colegas há mais de uma semana, motivo que leva os integrantes do TSE a acreditarem que não haverá pedido de vista.


E também por indicações do ministro indicado por Bolsonaro, Nunes Marques, que não estaria disposto a passar a imagem de defensor a todo custo do ex-presidente.


A expectativa no tribunal é que, na terça-feira seguinte, comecem os votos. O penúltimo a votar é Nunes Marques. Ou seja, quando ele for se manifestar, o placar já pode estar definido. Integrantes e participantes do julgamento já falam em um resultado de 7 a 0 contra Bolsonaro.


Hoje, por sinal, assessores do ex-presidente chegam a Brasília para debater a estratégia do julgamento, na missão de conter danos, diante da avaliação de que a decisão será desfavorável ao ex-presidente.

Fonte: G1
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