SaĂșde Umuarama

Umuarama: Turmas que contam com alunos intolerantes ao glúten recebem orientações

Por O Bemdito

06/06/2023 às 23:36:21 - Atualizado hĂĄ

Escolas municipais de Umuarama estão receberam, hĂĄ alguns dias, a visita de voluntĂĄrias da Associação dos CelĂ­acos do ParanĂĄ (Acelpar) para orientações sobre alimentação segura, cuidados e a importância da inclusão social das crianças acometidas pela doença celĂ­aca, caraterizada pela intolerância ao glĂșten.

Ao lado da nutricionista Fabiana Tonon Laino, da Secretaria Municipal de Educação, SĂ­lvia Tânia de Azevedo e Eloise Scheer visitam turmas que contam com alunos celĂ­acos desde a Ășltima segunda-feira, 22. Elas jĂĄ passaram pelas escolas municipais São Cristóvão, Souza Naves, Ouro Branco, Malba Tahan, Dr. Ângelo Moreira da Fonseca e pelo centro de educação infantil (CMEI) Maria Yokohama.

O cronograma prevĂȘ ainda visitas a outra turma da Escola Dr. Ângelo Moreira da Fonseca, nesta quinta-feira, 25, à Escola Municipal São Francisco e ao CMEI Graciliano Ramos, na sexta, 26. Na manhã desta quarta a visita foi para o 3Âș ano B da Ângelo Moreira, onde estuda a pequena Maria Clara de Almeida, que tem a doença.

"Realizamos um trabalho de acolhimento e orientação às famĂ­lias de pessoas celĂ­acas, orientamos sobre a alimentação e os cuidados para evitar o contato com resĂ­duos de glĂșten. Nesta semana visitamos as escolas em razão do 20 de maio, dia estadual e nacional do celĂ­aco", afirmou SĂ­lvia Tânia.

Nas escolas o foco é orientar os coleguinhas para entenderem um pouco sobre a doença, cuidados com a pessoa celĂ­aca e a importância de não excluĂ­-las do convĂ­vio e das brincadeiras. "Elas não podem comer a merenda escolar, por isso consomem alimentos levados pela famĂ­lia e aquecidos em um micro-ondas exclusivo", disse a nutricionista Fabiana. "Fora isso, devem levar uma vida normal na escola", acrescentou.

Com um abordagem divertida e interativa, Eloise Scheer – que também tem a doença – explicou que para um convĂ­vio seguro é importante que coleguinhas lavem bem as mãos antes e depois da merenda, não toquem no lanche do amiguinho celĂ­aco e nem ofereçam comida para ele. "Importante também se habituar a ler os rótulos dos alimentos, buscando a indicação se contém ou não glĂșten na composição", orientou.

A associação tem um grupo de Whatsapp com mães de crianças e pessoas celĂ­acas para troca de informações, receitas e convivĂȘncia. As ações e dicas da Acelpar também estão no Instagram (www.instagram.com/celiacos.umuarama). Segundo Eloise, cerca de 1% da população tem a doença, embora muitos ainda enfrentem os sintomas da doença por falta de diagnóstico.

O QUE É

Doença autoimune causada pela intolerância ao glĂșten, proteĂ­na encontrada no trigo, aveia, cevada, centeio e seus derivados (como massas, pizzas, bolos, pães, biscoitos, cerveja, uĂ­sque, vodka e alguns doces), provocando dificuldade do organismo de absorver os nutrientes, vitaminas, sais minerais e ĂĄgua.

Os sintomas aparecem entre os seis meses e dois anos e meio de vida, mas podem se manifestar na fase adulta. Os mais comuns são diarreia, prisão de ventre crônica, dor abdominal, inchaço na barriga, danos à parede intestinal, falta de apetite, baixa absorção de nutrientes, osteoporose, anemia, perda de peso e desnutrição.

O diagnóstico é feito por exame clĂ­nico com médico especialista, que analisa os sintomas, além de biópsia do intestino (por endoscopia), exames de sangue e/ou dieta restritiva sem glĂșten. O principal tratamento é a dieta com restrição total de glĂșten.

Quando a proteĂ­na é excluĂ­da da alimentação os sintomas desaparecem. A maior dificuldade dos pacientes é conviver com as restrições dos hĂĄbitos alimentares. A doença não tem cura, por isso a dieta deve ser seguida rigorosamente por toda a vida.

HĂĄ ainda o risco de contaminação cruzada, quando hĂĄ transferĂȘncia indireta de contaminantes de um alimento, utensĂ­lio, vetor ou manipulador para alimentos que serão consumidos – o que pode ocorrer nas diferentes etapas de produção do alimento (pré-preparo, tratamento, armazenamento, transporte, serviço). São fontes de contaminação esponjas, panos de prato, colher de pau, óleo para fritura e panelas, dentre outros.

CelĂ­acos só podem ingerir alimentos feitos em cozinhas descontaminadas.

(Assessoria PMU)

Fonte: O Bemdito
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