Economia

No Setor Queijeiro Norte Pioneiro mais uma vez é destaque

Por NP Diario

03/06/2023 às 17:09:16 - Atualizado há

Tomazina, Santana do Itararé e Ribeirão Claro

No Dia Mundial do Leite, o Paraná conheceu o melhor queijo do Estado: o Parmesão de Marechal Cândido Rondon, foi o grande vencedor do Prêmio Queijos do Paraná. Os produtos foram julgados e classificados na quinta-feira (01), em um grande evento no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba. Este concurso é uma realização do Sistema FAEP, do IDR-Paraná, do SEBRAE e do SINDILEITE, com o apoio de mais vinte e oito instituições ligadas direta ou indiretamente ao setor queijeiro.

Dos 10 queijos que receberam a premiação de super ouro, quatro foram para Santana do Itararé (três variedades de Leomar Melo Martins e um do Queijo da Célia).

O engenheiro agrônomo do IDR (Instituto de Desenvolvimento Rural ) Paraná, Alfredo Braz da Costa Alemão, que coordena a área de agroindústrias no regional de Santo Antônio da Platina, participou como jurado e comentou a importância para a região:

"Não há dúvidas de que o Norte Pioneiro vem, ano a ano, se consolidando como uma região produtora de excelentes queijos, e fortalecendo o seu potencial nesse setor. Trata-se de uma alternativa extremamente viável para o pequeno produtor rural, e que tem sido responsável pela manutenção familiar em diversas propriedades rurais da região. Nesta edição do Prêmio, algumas questões merecem destaque. A primeira é de que, entre os 10 queijos super-ouro do concurso, 4 são do Norte Pioneiro, ou seja, 40% do total, o que é extremamente relevante.

Nesta edição do Prêmio, como dito anteriormente, o Norte Pioneiro teve um destaque especial. A região inscreveu 33 queijos, dentre os 323 do Estado. E dentre esses queijos inscritos aqui da região, 11 queijos foram premiados, sendo 5 de ouro (dos quais 4 se transformaram em super ouro), 5 de prata e um de bronze. Assim, ao final da noite, tivemos 4 queijos super-ouro, um queijo ouro, 5 queijos prata e um queijo bronze. Segue abaixo a relação dos municípios, dos queijeiros e de suas premiações, em ordem alfabética de município:

Santana do Itararé:

– Queijos da Célia, da produtora Célia Aparecida Borges Consani, medalha super-ouro;

– Queijos Sítio Aliança, do casal Leomar e Marisa, com 3 medalhas super-ouro, um ouro, e uma prata.

Ribeirão Claro:

– Queijaria Bella Vista, do Luiz Henrique Pedroso, com 3 medalhas de prata e uma de bronze.

Tomazina:

– Queijos Vovó Zaine, do casal Paulo Henrique e Camila de Fátima, com uma medalha de prata.

E o que coloca Santana do Itararé como um município de referência para o Estado, uma vez que estes 4 prêmios são de duas queijarias do município.

O casal Leomar e Marisa, de Santana, e Luiz Henrique e Sílvia, de Ribeirão Claro já pode ser considerado veterano em premiações, uma vez que acumula diversos prêmios estaduais, nacionais e até internacionais.

Porém, nesta edição, houve dois novatos em premiações, que é o caso da dona Célia, de Santana do Itararé (que já estreou com um super-ouro, e o caso do casal Paulo Henrique e Camila de Fátima, do município de Tomazina, com uma medalha de prata. Essas premiações dão visibilidade aos queijos, e à região.

No caso do casal tomasinense, trata-se da segunda geração de queijeiros da família, e que mostra a importância da atividade na sucessão familiar da propriedade rural.

O IDR-Paraná vem atuando de perto com todos esses queijeiros da região, apoiando desde o processo produtivo, até a legalização e organização das queijarias, tanto que todas elas estão regularizadas junto aos órgãos sanitários.

VALORIZAÇÃO – O secretário de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, que comandou o evento de entrega dos títulos, disse que o prêmio contribui para valorizar a cadeia de produção de leite no Estado, no sentido de estimular orientar e qualificar a produção. Com 4,5 bilhões de litros de leite produzidos, o Paraná é o segundo maior produtor de leite do País. O leite é o quarto produto em Valor Bruto de Produção (VBP) do Estado, com abrangência de R$ 9 bilhões. São mais de 100 mil produtores envolvidos com essa atividade espalhados pelos 399 municípios.

"O Paraná recebe neste momento grandes investimentos na indústria do leite, visando preparar o Paraná para se apresentar mundialmente. Mas nós estamos valorizando os pequenos. Aquele que tem um bom produto, com receita de família, estão qualificando seus produtos para se tornar mais competitivo no mercado. Agora vão ofertar queijos premiados", afirmou.

Natalino Avance de Souza, presidente do IDR-Paraná, reforçou que o Paraná é referência na produção de leite graças à qualidade e capacidade do produtor rural. "Esta edição do prêmio mostrou que o Paraná não deve nada para outros estados na qualidade do queijo. Um produto que agrega valor ao leite e gera renda ao agricultor. Este prêmio é uma forma de mostrar essa qualidade e incentivar o produtor para alavancar o mercado de queijos no Estado", complementou.

Ele também ressaltou que o IDR-Paraná tem empenhado grande esforço na capacitação e no apoio às agroindústrias do Estado. "Nesses nove meses de preparação para o prêmio tivemos mais de 75 agroindústrias capacitadas. Fizemos todo um trabalho para apoiar o agricultor rural, principalmente o pequeno agricultor, e com certeza entregaram um produto com mais qualidade hoje para os mercados e a população", ressaltou.

queijos

O prêmio tem como objetivo tornar a qualidade dos queijos do Estado mais conhecidas e valorizadas junto ao mercado e aos consumidores. Durante o segundo semestre do ano passado e o início deste ano dezenas de ações de qualificação foram realizadas junto aos agricultores. Os jurados também receberam uma formação de quatro etapas para garantir um julgamento justo. Agora, os vencedores poderão ostentar os selos das medalhas nas embalagens de seus produtos.

A avaliação dos queijos aconteceu em três fases, todas no MON. Na primeira – no período da manhã –, o júri avaliou os inscritos a partir de critérios técnicos e sensoriais, de acordo com a categoria inscrita. Ao longo da avaliação, cada queijo recebeu pontos de 0 a 20. Os produtos que obtiverem 18 pontos ou mais ficaram com a medalha de ouro. Com a prata ficaram aqueles com 16 pontos. E o bronze foi para os que atingirem 14 pontos.

Na segunda fase, no Auditório do MON, os queijos condecorados com medalha de ouro passaram por uma nova análise, em que os jurados escolherem os 10 queijos para receber o selo super ouro. Por fim, entre os produtos reconhecidos com o super ouro, foi escolhido, pelo júri, o melhor queijo desta primeira edição. Os queijos foram entregues codificados para manter a imparcialidade. Os jurados não tinham conhecimento sobre o município ou o produtor.

Mesmos aqueles que não receberam medalhas vão receber uma avaliação técnica dos jurados para que possam melhorar ainda mais a qualidade do seu produto.

Fonte: NP Diario
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